quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Dia 71, 72, 73 e 74 - Ko Phi Phi (e viagem para Malásia)

Dia 71:

O dia começou cedo com os transportes: começámos por um camião que nos apanhou no hotel e nos levou até ao cais de Ao Nang, onde apanhámos um barco que nos levou até ao nosso destino: as famosas ilhas Phi Phi, consideradas o Shangri-la da Tailândia: o paraíso onde os turistas podem apreciar as bonitas praias de areia branca e mar turquesa e os pitorescos longtail boat junto às escarpas calcárias cobertas por verdejante vegetação. 

A nossa visão da ilha, vista do barco

Chegámos a Phi Phi Don por volta da 1h da tarde sob intenso calor. Com tanto calor era dispensável uma recepção calorosa no hotel. E assim foi: fizemos o check in sem sequer nos olharem na cara ou trocar mais do que 2 ou 3 palavras. Nem somos muito de nos importar com estas coisas, mas o recepcionista era mesmo rude! Descarregámos as bagagens no quarto, vestimos o fato de banho e agarrámos nos snorkels: estava na hora de explorar as águas da ilha. Informámo-nos onde era bom mergulhar junto à costa e seguimos. Na verdade a visibilidade estava péssima com muita areia levantada e muitos barcos a passar, pelo que este mergulho ficou a milhas dos nossos elevados standards actuais.

O spot do mergulho (snorkel)

Depois do mergulho demos uma volta pela ilha para conhecer as redondezas. Deu para tirar alumas fotos e sentir um pouco da vida da ilha. Até tivemos o privilegio de assistir à final da taça das Phi Phi!

Numa terra onde não há estradas nem carros, as ambulâncias são caddies de golf!

O jogo estava ao rubro!

O resto do dia foi dedicado às inevitabilidades do costume: compras, refeições, dormir e a por o blog em dia! Infelizmente estes últimos dias, se não semanas têm sido muito preenchidos e o tempo não chega para tudo. E de facto, com poucas novidades, não há tantas visitas no blog. Lamento pessoal! :(



Dia 72:

Este foi um dia à turista clássico, com um tour que durou de manhã à noite! Além do obrigatório dia de mergulho que acabou por se tornar algo mais, como um Advanced Oper Water Diver Course, tínhamos dois pontos referenciados como imperdíveis nas Ko Phi Phi: Phi Phi Leh, a ilha da afamada Maya Bay (palco do filme “The Beach”) e a Ko Mai Phai, também conhecida como a Bamboo Island devido ao seu extenso areal e bom spot para snorkeling. O package com almoço e pequeno-almoço ficou-nos por 600 Baht (cerca de 13€) mais 100 Baht (cerca de 2€) de entrada no parque da reserva marinha. Um total de 15€ por um dia inteiro (das 9h às 19h) com duas refeições, é sem dúvida muito barato, e em termos de qualidade preço foi das melhores actividades/tours que ingressei nesta viagem.
Após um pequeno-almoço num restaurante junto à praia na ilha principal (Phi Phi Don), seguimos para o barco que estava parado no areal mesmo à nossa frente.

Tomámos o pequeno-almoço com o olhar atento sobre a nossa embarcação

A nossa primeira paragem foi na baia em frente da Monkey Beach, onde fizemos snorkeling (incríveis as cores, dos peixes e dos corais, as formas e a visibilidade destas águas!) e nadámos até à costa em busca dos famosos macacos! Encontrámos um simpático macaquinho sentado numa rocha à beira mar. Sentámo-nos em seu redor a observá-lo antes de voltarmos para o barco.

Todas as ilhas eram rodeadas por enormes escarpas calcárias

Monkey Beach

A nossa paragem seguinte foi a Mosquito Island, onde almoçámos e fizemos snorkeling. Desta vez vimos imensos peixes coloridos, muitos mais do que antes devido ao facto do capitão ter atirado arroz para o mar, para que nós pudéssemos assistir ao louco frenesim dos esfomeados peixes! Foi muito engraçado!

As límpidas águas da Mosquito Island

Por incrível que pareça um dos nossos pontos optimamente referenciados acabou por ficar uns  bons furos a baixo das anteriores paragens. Estou a falar da Bamboo Island. Uma enorme praia, provavelmente o maior areal das Ko Phi Phi estava repleto de gente a torrar sob o imenso calor. Aqui as águas, mais turvas, mais sujas e mais preenchidas, tanto com barcos como pessoas prejudicaram um pouco a qualidade do snorkeling. Todavia, a ilha é lindíssima, passando do azul do mar, para o branco areal, terminando com o verde da floresta (de pinheiros) que cobre o interior da ilha. Curiosidade: não vi nem um bamboo.

Uma bonita visão da Bamboo Island

Uma não tão bonita visão da mesma

Rumámos então a Sul em direcção à Phi Phi Leh. A caminho parámos na Monkey Island onde se encontravam alguns macacos à beira mar. Depois de se atirarem algumas peças de fruta, hordas de macacos desceram das escarpas e das árvores rumo a rochosa praia na esperança de obterem algum alimento com pequeno esforço. Poucos foram os afortunados. Foi engraçado estar tão perto de tantos macacos. Perto o suficiente para um deles se agarrar à perna de um turista a rosnar por comida!

A horda de macacos marchava vigorosamente rumo à costa

Muitos pretendentes para as poucas refeições disponíveis

Passámos pela Viking Cave, sem saber nada sobre a mesma, pouco mais aparenta ser do que uma gruta cheia de canas. Fica a foto:


Com o sol a baixar, a anunciar a nossa chegada ao nosso destino final (May Beach), ainda tivemos tempo para uma paragem, e porque não, um mergulho na Maya Bay.


Por fim, já com muita sombra chegámos à nossa última paragem: a famosa Maya Bay, na Phi Phi Leh, uma bonita ilha não habitada que é reserva natural. Não querendo desapontar as pessoas, como em tudo ou quase tudo, a beleza e o interesse por algo são destruídos pelas multidões que por alí passam e deixam a sua marca. Tal como a Bamboo Island, o sentimento foi semelhante devido ao igualmente preenchido e mais pequeno areal.

Overview da concorrida Maya Beach

Com o sol a baixar, as pessoas iam deixando a praia, dando uma imagem um pouco mais agradável

Sem surpresas pela beleza da praia e ainda menos pela multidão que a preenchia, o que me surpreendeu foi outra coisa. Para meu espanto, contra todas as odes, quem é que eu encontro, ou melhor, quem é que me encontra, no outro lado do mundo, na Tailândia? A Bárbara, uma colega de faculdade que não via há meses. Um insólito e agradável acaso, ou como a alguém me disse: “O mundo é simplesmente um grande T0”!



No regresso a Phi Phi Don, no barco ainda deu parar tirarmos umas boas fotografias do por do sol.


Jantámos e que nem uns bons alunos seguimos para o quarto para preparar as aulas de mergulho (teoria) do dia seguinte.



Dia 73:

Acordámos cedo, ainda cansados do dia anterior e seguimos para a escola de mergulho para iniciarmos o caro (cerca de 240€ aqui nas Phi Phi, face aos menos de 200€ de Ko Tao, ou cerca de 400€ em Portugal), mas inevitável curso avançado de mergulho (Advanced Open Water). Isto de facto é um vício! Pode parecer parvo, ou não, mas no fundo sinto me como uma criança a dar os primeiros passos; o entusiasmo de descobrir todo um mundo novo é incrível desde as cores, às formas, até mesmo a toda uma forma nova de locomoção e obviamente respiração… Entusiasmos à parte, continuemos!

Infelizmente não pudémos mergulhar num antigo navio afundado nos arredores da ilha, então seguimos para sul, para as águas em redor de Phi Phi Leh, a ultima ilha que visitámos no dia anterior. Em termos de mergulhos técnicos fizemos o de profundidade e o de navegação. Em termos práticos, vimos muitos peixes, corais, algas, etc; entre os quais uns pequenos tubarões de pontas pretas (pouco mais de um metro). Mergulhámos junto a um enorme escarpa calcária que se estendia pelo fundo do mar até cerca de 30 metros de profundidade. Aqui encontrámos toda uma parede coberta por fauna e flora marinha que podia ser envidraçada e tornada um fantástico aquário. É incrível como é que há coisas assim… Não há fotografias e é uma pena, mas há coisas que não consigo descrever; como tal sugiro que quem tenha oportunidade experimente fazer mergulho! Open Water, Try Dive, Adventure Dive, comecem pelo que quiserem, mas experimentem!

Findos os mergulhos matinais, regressámos à cidade ao início da tarde, onde só tivemos tempo para almoçar, preparar o mergulho nocturno e descansar um pouco antes de seguirmos para o cais.

O mergulho nocturno foi incrível! Dizem que é um pouco assustador, talvez o seja, mas acho que estava demasiado empolgado para ter medo de qualquer coisa que pudesse vir da escuridão que me rodeava. Em termos de animais, vimos vários chocos, moreias, um enorme caranguejo eremita, o venenoso peixe leão e muitos outros peixes adormecidos. Mas para mim o melhor foi o plâncton luminescente! Parámos e ajoelhámo-nos a cerca de 12 metros de profundidade, no fundo de areia e desligámos as lanternas. Primeiro foi a escuridão total que teve lugar; após a mesma com o agitar as águas começámos a ver o plâncton luminescente a emitir luz esverdeada e quanto mais se agitava a água, mais se luz se fazia! Totalmente incrível, numa de citações, como alguém me disse: “é como brincar com as estrelas”. Antes de acendermos as luzes, os nossos olhos já se tinham habituado à escuridão e já víamos alguns contornos na escuridão submarina. Uma experiencia incrível! Dos mergulhos que mais gostei!

Chegámos a terra cansados e esfomeados. Jantámos à pressa e preparámos as aulas do dia seguinte: flutuação de alta performance e mergulho multi-nível (computer).



Dia 74:

O acumular de muita actividade e pouco descanso dos últimos dias fazia-se fortemente sentir por volta das 6 da manhã, aquando do nosso despertar. Comemos um completo e indigesto pequeno almoço americano, onde o pão foi a melhor iguaria, mesmo não sendo nada de mais. Seguimos então para o cais, rumando então para as mesmas paragens do dia anterior.

No caminho e ainda mais, quando parámos para mergulhar, a agitação do mar fez se sentir em força. O estomago não estava bem e a ondulação não ajudou. Felizmente, dentro de água e ainda mais no fundo, tudo ficou mais calmo! Mais dois mergulhos técnicos dos temas preparados na noite anterior. Sem grande descrição possível do que vimos, ficam só alguns espécimens que vimos: vários tipos de camarão, uns deles enormes, os estranhos peixe camarão, moreias, peixe escorpião, etc. Mas a grande estrela foi a tartaruga marinha! Não há animal mais gracioso a nadar nestas águas! Incrível!

Findo mais um dia de mergulho, mais um curso de mergulho, mais uma ilha, mais um país, só precisávamos de almoçar entes de seguir viagem! Comemos pizza e trouxemos alguma para a viagem. Ou era este o suposto porque com a confusão da entrada no barco acabámos por deixar o nosso lanche algures. Esperemos que alguém tenha feito bom proveito!

Sem grande percalços, a viagam entre Phi Phi Don e Krabi durou cerca de 3 horas. Depois seguimos num SUPER-lotado (arriscaria dizer, mais e pior do que a viagem entre o Laos e o Vietname) camião até ao terminal dos autocarros (ainda bem que a viagem foi pouco mais de 15 minutos). No terminal aguardámos um pouco e seguimos para um também superlotado autocarro durante mais 3 horinhas até Surathani. Em 8 lugares iamos 12 pessoas, felizmente tudo malta boa onda que gosta de ser rir das desgraças e percalços de viagem. Chegámos ao nosso destino por volta das 21h30 e só tinhamos comboio para a Malásia 4 horas depois. Aqui tivemos tempo para jantar (caro e mau, mas com wifi até fechar, às 23h), escrever um pouco no blog, descansar, conversar um pouco com amigos e família, ser devorado por melgas, até dormir, jantar novamente, etc. Antes de apanharmos o comboio tivemos tempo para fazer tudo num fim do mundo sem nada para se fazer.

Por volta da 1h30 da manhã chegou o nosso comboio que nos levaria até Butterworth numa jornada de mais 12 horas. Felizmente o comboio tinha camas e deu para descansar um pouco, se bem que dormir em transportes públicos nunca é a mesma coisa.

O destino para os próximos (3-4) dias é Penang, uma grande ilha no noroeste da Malásia, de onde, em breve espero dar novidades. Quiçá em directo e mais frequentes.

Espero que gostem, e mais uma vez peço desculpa pela demora e falta de fotos!

Inté!



domingo, 23 de fevereiro de 2014

Dia 69 e 70 - Ao Nang (Krabi) em trânsito

Dia 69:

Acordámos inevitavelmente cedo e sem grande vontade de enfrentar o longo dia em trânsito que nos esperava. Nada como um bom pequeno almoço (um sumo de laranja e aquela fantástica sandes de ovo estrelado, queijo cheddar e tomate) para dar forças para o dia que tinhamos pela frente.

Pois bem, a nossa viagem começou, às 9h,na parte de trás de uma pickup até ao principal cais de Ko Tao, onde fizemos check in e esperámos pelo barco. Por volta das 10h zarpámos em direcção a Ko Pha Ngan, a ilha mais próxima de Ko Tao. Em Ko Pha Ngan mudámos para um barco maior que antes do destino final parou em Ko Samui para deixar e receber passageiros. Finalmente, por volta das 16h chegámos a Don Sak, o principal ponto de ligação entre o continente e as ilhas do Golfo da Tailândia. Aqui aproveitámos para almoçar (muito barato tendo em conta ser uma espécie de estação de serviço no meio do nada que poderia praticar os preços que quisesse) antes de apanhar o autocarro que nos levaria a Krabi. Em Krabi trocámos para uma mini van que nos levou ao destino final: Ao Nang, onde chegámos por volta das 19h30. Moral da história: 10h perdias em viagem.

Pelo menos a vista era boa: uma espécie de Halong Bay "diluída" (em muita água)

À chegada tentámos resolver um problema com o erro na data das reservas em Ko Tao/Krabi, em busca de uma compensação. Obviamente que no hotel ninguém sabia de nada e o agente que nos vendeu o package, que contactámos telefonicamente, encontrava-se convenientemente no estrangeiro e ninguém tinha autorização para resolver o problema. Sem mapa, nem ideia de onde estávamos deambulámos um pouco em busca de um restaurante para jantar, que após muito custo, encontrámos. Depois de jantar dedicámos a noite ao blog que já tinha MUITOS dias em atraso e ficou em dia!



Dia 70:

O dia anterior tinha sido realmente cansativo, como tal "aproveitámos" mal a manhã, ou seja, não fizemos nada: descansámos. À tarde saímos para explorar as redondezas e procurar a praia que supostamente não ficava longe. De facto, a praia não distava mais de 10 minutos a pé do nosso alojamento.

Pois bem, Ao Nang, fica a cerca de 10km da cidade de Krabi e conta com cerca de 12000 habitantes. Uma pequena cidade, se é que lhe pode ser atribuído esse titulo, que se estende práticamente apenas pela primeira linha de praia do extenso areal que cerca a bonita baia.

Foi aqui que passámos a tarde, a explorar o extenso areal preenchido com todo o tipo de búzios, conchas e até escamas de tartaruga para fazer a delícia dos aficionados pelo tema. O areal usualmente repleto de turistas, mas que desta vez apenas contava com alguns locais, visto ser época baixa (engraçado ver as pessoas a tomarem banho vestidas: as mulheres por serem muçulmanas [já se nota a proximidade da Malásia devido à forte presença muçulmana que se encontra no sul da Tailândia], e os homens provávelmente por solidariedade ou para evitarem ficarem morenos, porque aqui o estereotipo de beleza são as peles claras). 

O melhor é deixar algumas fotos:





Estes pequenos e ágeis caranguejos faziam bolinhas em volta do seu buraco. Eram às centenas!


Depois de assistirmos ao por do sol por de trás das enormes formações calcárias que escondiam o horizonte e tirar uma infinidade de fotos, fomos procurar um restaurante para provar o famoso peixe da região. Lulas fritas, barracuda grelhada e enorme camarão tigre foram o menu de despedida da Tailândia continental. A próxima paragem é Ko Phi Phi (ilhas) e depois Penang, já na Malásia.

Até já!




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Dia 64, 65, 66, 67 e 68 - Ko Tao (mergulho e copos)

Dia 64:

Retomando o post anterior, complemento a viagem de Chumphom até Ko Tao com algumas fotos que valem a pena. O bom de fazer viagens nocturnas e de madrugada é o fresco e a inevitabilidade de apanharmos o sol a nascer!

Nascer do sol visto do barco


Na chegada a Ko Tao deparámo-nos com uma ilha um pouco maior do que esperávamos, ainda assim pequena (cerca de 20km de perímetro) e muito verde, com “bolhas” de edificações junto à costa e à beira das poucas estradas que percorrem a ilha. Ko Tao significa Ilha da Tartaruga (devido a, em tempos, ser palco da desova das tartarugas marinhas) e é habitada permanentemente por cerca de 2000 pessoas que têm como sustento a agricultura e o turismo. A ilha é famosa por ser a Mecca dos mergulhadores, visto ser uma ilha com muito bons spots de mergulho e várias escolas de mergulho da PADI com preços acessíveis (o certificado de Open Water Diver (18m) engloba aulas práticas (piscina e mar) e teóricas, ficando por cerca de 220€ com alojamento incluído durante 4 dias).



Na chegada à ilha deparámo-nos com águas incrivelmente transparentes e mesmo no cais cheias de diversos peixes coloridos que se viam perfeitamente do barco e do cais. As expectativas cresceram imenso!

Seguimos até ao nosso resort de mergulho (Buddha View), do qual irei tecer algumas considerações mais adiante. Fizemos check in e tivemos algum tempo livre para procurar uma praia e apanhar um inevitável escaldão. Sem dúvida que as praias não são o ponto forte de Ko Tao: pouca areia, muitos bares mesmo em cima da praia (sobre estacas) retirando preciosos metros de areia, a água está cheia de barcos ancorados mesmo ao pé da costa. Por outro lado, para quem gosta de corais e conchinhas, este é um bom sítio por haver em grandes quantidades para cortar os pés, ver, escolher, levar e ainda deixar alguns para cortar os pés do turista seguinte. Perdoem me algum exagero. Fica a foto para tirar dúvidas.


O resto da tarde foi passado em sala de aula onde tivemos uma introdução ao mergulho, como iria ser o curso, o que e quando iriamos fazer. Á noite fomos a um restaurante de BBQ semelhante ao do Laos ou ao Khmer, mas desta feita tinhamos que experimentar o Tailandês. Já começamos a saber jogar a isto!



Dia 65:

Este e os seguintes dias não têm muito que contar, porque foram passados essencialmente em aulas. Começamos bem cedo as aulas teóricas e passámos a manhã nisto. Algo impensável para quem está de férias numa ilha tropical, certo? Em Ko Tao é assim. É engraçado como toda a gente que vai para a ilha está ligada ao mergulho, seja proessor, aluno, fotografo, o que for.

Almoçámos e perdemos algum tempo a tentar resolver alguns problemas logísticos por causa de erros nas datas das nossas reservas para Ko Tao e Krabi. A tarde foi passada na piscina... mas não foi para relaxar! Fizemos alguns testes físicos e estivemos a aprender e treinar alguns skills para nos habituarmos ao material, a respirar de baixo de água, controlar a nossa flutuabilidade, alguns procedimentos de emergência, etc.

À noite (leia-se 18h) já tinhamos um dos nossos instrutores a pagar-nos um shot (chamado diver on acids) para comemorar o baptismo de mergulho na piscina e tal. Foi noite de abrir os cordões à bolsa e entre copos e um ganda peixe grelhado (por sinal delicioso) para o jantar gastar pouco mais de 8€. Os bares aqui têm um ambiente muito fixe e o pessoal é à maneira!

(Bar) Buddha on the Beach



Dia 66:

Mais uma manhã de aulas para terminar a teoria acabou por se estender mais do que devido a mazelas da noite passada (tanto em alunos como em instrutores). Almoçámos à pressa e seguimos de camião até ao cais, onde apanhámos um barco até Mango Bay para o nosso primeiro mergulho no mar. E entusiasmo era notório nas caras de todos!


Antes do mergulho propriamente dito tivemos que fazer uma prova física algo puxada. Consistia em nada em volta dos barcos ancorados até o instrutor mandar parar. De bónus ainda ganhámos alguma má disposição, não sei se do esforço, se da ondulação. Custou mas foi! Desta feita, montámos, calibrámos e preparámos o material para o nosso primeiro mergulho!

Mango Bay

Mergulhámos e descemos sempre a controlar a pressão e a profundidade agarrados a uma corda. As águas pouco profundas (como nos foram anunciadas) tinham entre os 6 e os 10 metros de profundidade. Vimos alguns peixinhos, alguns corais, mas nada de mais. Passámos cerca de 50 minutos submersos em fundo de areia a fazer diversos exercícios.

Ao fim da tarde cansados e famintos a terra e seguimos directos para jantar. Deitámo-nos cedo porque apesar da manhã livre tinhamos o exame final às 11h.



Dia 67:

Acordámos cheios de tempo para o exame tardio, comemos um bom pequeno almoço e fizemos o exame antes de seguirmos para o nosso primeiro verdadeiros mergulho!

Corey, era um bom instrutor, mas como fotógrafo deixa algo a desejar!


Preparámos todo o material e entrámos na água! Fizemos dois mergulhos de 30-40 minutos cada um (quanto maior a profundidade, mais ar se gasta), em volta dos 12 metros de profundidade, onde fizemos mais alguns exercícios. Mas de facto já vimos muito peixe e coral colorido! Não há fotos, e a experiencia não é de fácil descrição. Fantástico, incrível... nunca fui muito bom em palavras e mais do que nunca faltam me os adjectivos! Lamento esta minha falha! Mas pode ser que seja compensada com imagens mais tarde...

O resto da tarde e noite sem grande história foram dedicadas às inevitabilidades da lavagem de roupa, compras, jantar e dormir.



Dia 68:

Comemos um bom pequeno almoço (quem diria que sandes de pão integral com ovo estrelado queijo e tomate fossem tãoooooo boas pela manhã! Adiante... arrancámos para o cais por volta das 7h da manhã para os nossos últimos mergulhos em Ko Tao que iriam coincidir com o fim do nosso curso de mergulho (Open Water - até 18 metros).

Na chegada ao barco

Mais dois mergulhos, um primeiro nas Twins que já tinhamos mergulhado no dia anterior, mas desta vez vimos muito mais e maiores peixes, entre os quais uma garoupa com cerca de 1 metro (dentro de água parecia mesmo ENORME) e um enorme cardume de barracudas que passou por nós, ou talvez deva dizer que nos rodeou tal era a imensidão de peixes, eu diria milhares que passou por nós. Não sei bem precisar o tamanho deles mas diria que deveriam rondar o meio metro cada um... com uma arma, a espetada que o George não faria aqui... 

O segundo mergulho foi feito no Junkyard, um spot criado artificialmente com, no fundo, a fazer jus ao nome, lixo! Um carro, jaulas, mesas, cadeiras... tudo e mais alguma coisa que estando no funco do mar são óptimos locais para os corais se desenvolverem e os peixes procurares abrigo e alimento. Dito isto, aparentemente é uma boa ideia, mas não está a milhas do mergulho anterior. Durante este mergulho perdi-me do grupo e quando dei por isso, após colocar os procedimentos de emergência em prática, rápidamente encontrei o instrutor e voltei ao grupo (se alguém se perder, procura-se pela pessoa durante 1 minuto e volta-se à superfície).

Mais uma vez e mais do que nunca vi coisas que não consigo descrever em precisão, por isso para deleite dos interessados (incluindo nós próprios) fomos filmados durante o mergulho e comprámos o DVD com o video! Mais tarde, em Portugal podemos mostrar a quem quiser ou até, quem sabe por uns excertos aqui no blog!

Devido a mais problemas logísticos e erros nas marcações ou por parte do agente em Bangkok ou pela escola de mergulho tivemos que procurar um sítio para ficarmos a noite que faltava, visto estes estarem cheios (ainda esperamos por uma compensação que provávelmente nunca iremos ver). Achámos um dormitório porreiro e relativamente em conta. De seguida recememos os resultados dos exames. Todos passámos nos exames sem grande dificuldade. Apesar de muito fáceis, a nota mínima são 75%. Almoçámos e tratámos da papelada da nossa certificação de mergulho.

Para terminar em beleza (e baixo custo) comprámos uns snorkels e fomos mergulhar por nossa conta à beira da costa. Sem grandes pontos de referencia de bons spots nadámos e nadámos sem grande visibilidade nem nada de grande interesse até encontrarmos um enorme recife de coral cheio de peixinhos a escaços 25 metros da costa e a 2 metros de profundidade (maré vazia).

À noite rencontrámo-nos com os colegas e instrutores para festejar! Divertimo-nos imenso na nossa despedida de Ko Tao. No dia seguinte esperáva-nos uma grande viagem até Krabi.

Bons tempos se passaram em Ko Tao




Para finalizar, gostava só de tecer algumas considerações sobre a escola de mergulho Buddha View, que já me antes tinha sido recomendada por viajantes que conhecemos antes de cá virmos parar (além de estar citada no Lonely Planet). Sem me alongar muito a escola é muito boa, material, condições, etc. Os instrutores estão disponíveis para leccionar em vário idiomas (pelo menos Inglês, Japonês e Espanhol) e os livros estão disponíveis em todas as línguas que possam imaginar. O preço é um standard para toda a ilha e o mais barato do mundo visto toda a ilha se mover em torno do mergulho e a competição ser tão feroz: cerca de 220€. Por sorte ou por regra, os três instrutores que tive eram 5 estrelas: experientes, explicavam bem e tinham um poder motivacional incrível para motivar os alunos mais inseguros. Dito isto, o staff da recepção não é muito prestável e os quartos são maus, se não péssimos: muito quentes e sem água quente, o que é uma inevitabilidade perfeitamente suportável. Pior é não fornecerem nem lençóis, nem toalha, nem limpeza para os quartos onde ficámos. Para tudo era preciso pagar mais e mais e mais. Dito isto e apesar das más condições, acho que foi uma aposta de sucesso, visto ter ido lá para tirar o curso de mergulho e não para passar os dias no quarto. Ainda assim as condições estavam muito longe dos standards de limpeza e conforte que o Sudeste Asiático nos habituou. Dos standards europeus nem se fala.



Espero que tenham gostado e que tenha sido útil. Espero em breve ter tempo e net para vos dar novidades de Krabi!

Inté!




terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dia 61, 62 e 63 - Bangkok em trânsito

Dia 61:

Retomando o post anterior, embarcámos num night bus de Siem Reap para Bangkok com partida às 2 da manhã. O autocarro era tudo menos limpo e confortável, mas para nossa sorte, este estava pouco lotado, o que fez com que cada um ficasse com dois lugares para si. Mal e porcamente deu para dormir cerca de 3 horinhas até à fronteira. Tivémos que fazer um compasso de espera porque a fronteira só abria às 6 horas. Depois de uma hora de burocracias estávamos novamente em solo tailandês, onde um novo compasso de espera nos esperava. A restante viagem foi feita, não num night bus como anunciado, mas numa mini van lotada, o que não foi muito agradável. Por volta do meio-dia chegámos a Bangkok, a capital da Tailândia, que nos acolheu com o calor intenso que a caracteriza.
Em tom de curiosidade no posto fronteiriço tailandês, havia uma funcionária exemplarmente fardada, que, aparentemente, apenas tinha como função matar as inúmeras melgas que estavam na sala com um enorme mata-moscas eléctrico. Fez me lembrar os muitos mini mercados e lojas de conveniência que vimos no norte da Tailândia com mais funcionários que clientes, sendo que desta vez a senhora sempre tinha que fazer.
Exaustos após extenuante viagem, fizemos check in no hotel, demos uma pequena volta pela Khao San Road (bem perto de onde ficámos), arranjámos as passagens para o Sul da Tailândia, jantámos e fomos dormir cedo, porque queríamos acordar bem cedo no dia seguinte.



Dia 62:

Acordámos cedo e após o pequeno-almoço seguimos directamente para o Grande Palácio para tentar evitar as multidões. Para nosso infortúnio já lá estava imensa gente, especialmente grande grupos (tours) de asiáticos. No caminho ainda encontrámos alguns militares e algumas barricadas com arame farpado: sinais das manifestações que têm vindo a ocorrer desde Dezembro. Os edifícios em si são soberbos, arriscaria dizer sem igual, mas muitos dos interiores têm o acesso vedado ao público. A meu ver, a relação área visitável/preço cobrado não é muito simpática, tal como o palácio real do Camboja (Phnom Penh). Aqui a entrada são 500 Baht, quase 12€, e dá acesso a todo o complexo visitável, que acaba por ser apenas o Wat Phra Kaew e alguns museus (destaque para o museu dos têxteis criado pela actual rainha e ao museu dos tesouros reais).
O Grande Palácio está dentro de muralhas, num extenso complexo com centenas de edifícios, que em tempos, além de ser a residência da família real, também alojava um complexo de templos e vários quartéis e edifícios militares. Hoje em dia o Palácio Real não é habitado e encontra-se interdito ao público, sendo esporadicamente aberto para cerimónias oficiais; alguns edifícios transformaram-se em ministérios, outros em museus e outros mantiveram-se sob a alçada militar. O complexo de templos tendeu a desenvolver-se e a crescer. Este complexo incluí um dos templos mais famosos do país: o Wat Phra Kaew, também conhecido como o templo do Buddha Esmeralda, visto albergar uma estátua de Buddha feita de uma enorme peça única de jade que já correu grande parte do Sudeste-Asiático entre guerras e viagens ao longo dos últimos séculos. Esta estatueta foi criada pelo antigo Reino do Laos, num território que actualmente pertence à Tailândia e viajou por Chiang Mai, Luang Prabang e Vientiane antes de ter sido “conquistada” pelos Tailandeses.

Sem mais, deixo algumas fotos:

Overview do complexo de templos

Pormenor dos frescos nos muros que cercavam todo o complexo

Paredes insanamente ornamentadas #1

Paredes insanamente ornamentadas #2

Wat Phra Kaew (lateral)

Wat Phra Kaew (frontal)

O Grande Palácio

Todo o complexo do Grande Palácio visto da rua

O resto do dia não foi bem aproveitado. Devido ao calor que se fazia sentir (38º) acabámos por não ir visitar o maior mercado da cidade nem a China Town. Outras coisas que ficaram por visitar foram: o Nahm (um dos melhores 50 restaurantes do mundo, mas com preços muito acessíveis para o seu estatuto) e os roof-top bars com a sua afamada vista sobre a cidade.



Dia 62:

Este dia apesar de muito agradável não tem grande história. “Contra nossa vontade”, acabámos por, sob pressão extrema, comprar o restante package para o resto da Tailândia, ficando os destinos estipulados Ko Tao, Krabi e Ko Phi Phi. O preço não foi bom [8500 Baht, cerca de 190€ a cada um por transportes de Ko Tao para Krabi (barco+bus+barco), barco de Krabi para Ko Phi Phi (ida e volta) e transporte até à fronteira (barco+bus+comboio)] e subiu-nos em muito o nosso orçamento. Acabámos por optar por esta solução para não perdemos tempo em planeamentos, viagens, transfers (por nossa conta), etc. No fundo, “o tempo é dinheiro”, e nós comprámos tempo a peso de ouro!
A tarde foi passada com o Adam, o tal professor inglês/australiano que está a viver na Tailândia há mais de 10 anos. Tempo esse que lhe trás manhas e conhecimentos que o comum dos turistas nunca teria acesso. Almoçámos e passámos a tarde a beber cerveja e a conversar num restaurante/jardim à beira de um canal para fugir ao calor e à confusão citadina. O engraçado é que este restaurante ficava a escaços minutos a pé das maiores avenidas da cidade, e o acesso feito através de uma pequena mercearia e/ou casa particular, levou-nos a um jardim fresco (comparado com a cidade) e tranquilo em antagonia a tudo o que o rodeia! Fez-me lembrar o tranquilo cafezinho que encontrámos em Hanoi.
Por volta das 7 horas apahámos um (SUPER) confortável comboio nocturno (incomparável com qualquer night-bus) até Chumphon, viagem que durou cerca de 10 horas. Em Chumphon seguimos até ao cais onde apanhámos um barco até Ko Tao (3 horas), onde nos encontramos de momento.

Antes de mais peço desculpa pela demora e pelos posts, algo em diferido, mas desde Angkor que temos tido pouco tempo e más nets. Em Bangkok foi onde tive mais tempo e deu para adiantar tudo o ficou para trás de Angkor. Agora em Ko Tao, não é fácil ter acesso a nets decentes e para por uma fotografia on-line é complicado... Para mais novidades sobre a primeira paragem que em tudo se associa ao cliché do paraíso tropical/ilha de sonho vão ter que esperar até ao próximo post! Lamento.


Até já!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia 60 - Siem Reap: Cozinha, Planos e Contabilidade

O dia 60, o segundo terço da viagem completo foi passado na despedida do Camboja. É dia de contas e contabilidades para deleite dos leitores. Mas antes vamos ao resumo do dia.
De manhã segui para uma aula de cozinha Khmer, visto já ter falhado o Laos e com imensa pena minha o Vietname (com comida deliciosa!), não podia falhar esta! A escola escolhida foi a Le Tigre de Papier tanto por ter boas referências como por utilizar parte dos lucros para ajudar crianças de rua (na sua educação e formação). Entre vários pratos, tive que escolher uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. As aulas de cozinha além de serem uma forma de aprendizagem (normal), também são uma óptima maneira de experimentar vários pratos de gastronomia local! Especialmente quando as porções são enormes e os vários alunos partilham entre si as suas criações. Desta forma, para entrada escolhi os spring rolls de camarão e papel de arroz (sem tanto sabor como os fritos, são frescos e saborosos, recheados com legumes crus e camarão frito) e para prato principal a escolha recaiu no Lok Lak Beef (um delicioso prato que já tinha comido por duas vezes e tinha de aprender a fazer! O mesmo era composto por pedaços de carne de vaca frita e depois cozida, temperada com molho de ostras, molho de peixe, açúcar de palma e enormes cachos de deliciosa pimenta verde que não faço ideia onde a vou encontrar em Portugal), por fim, para sobremesa a escolha recaiu numa espécie de sopa doce de banana, tapioca e leite de coco. De bónus ainda provei salada de manga, salada de papaia (ambas saladas cheias de chilli, feitas com fruta muito verde), porco frito com ananás e amok de peixe (uma espécie de caril, mas com mais gengibre e galanga e sem chilli). Além da sobremesa previamente descrita, também tivemos direito a uma tábua de frutas locais com rambutan, logan, jackfruit e star apple. Cada vez gosto mais de jackfruit! De bónus, ainda tivemos uma pequena aula de escultura em vegetais, olhem que lindo!

Beef Lok Lak e fresh shrimp spring rolls

Porco frito com ananás e salada de manga



Enquanto eu passei o a manhã na aula de cozinha, o Rui foi ao Angkor National Museum, que contava com uma enorme exposição de estatuetas de Buddhas, bustos de deuses e vários elementos arquitéctonicos dos templos, como frisos, colunas, etc.

Angkor National Museum



A tarde foi agradavelmente passada a relaxar no amok (cama de rede) do jardim do hotel, enquanto planeávamos os seguintes dias e faziamos a nossa contabilidade. Á noite, depois de jantar voltámos para para o mesmo amok do mesmo jardim (para fazer tempo até às 2h da manhã, aquando do nosso night bus para Bangkok), desta feita, não tão agradável, devido à quantidade insana de mosquitos que nos comiam vivos. Também ao fim de dois meses numa zona tropical, se calhar já estava na altura de sofrer com eles, certo?



Vamos a contas!

Infelizmente por contingencias espacio-temporais com uma nuance monetária, já riscaram um dos nossos destinos de eleição do mapa (Myanmar), sendo que este actualmente está assim:


O percurso anterior omiti por já estar no post do dia 45 (http://viajometro.blogspot.com/2014/01/dia-45-hoi-ponto-da-situacao.html) Ponto I é Bangkok, onde nos encontramos de momento. Os pontos a vermelho II, III, IV e V, são os pontos onde imperiosamente iremos passar, por ordem: Ko Tao, Ko Phi Phi, Kuala Lumpur e Singapura. Já temos passagens marcadas para Ko Tao e o curso de mergulho e alojamento para lá pago (por isso é que o orçamento subiu tanto), depois antes de irmos para Ko Phi Phi vamos ter que parar em Krabi, Phuket, ou Ko Lanta pelo menos uma noite para fazer a transição (ainda decidimos). O ponto IV é Kuala Lumpur, a capital da Malásia, mas deve ter uma paragem antes, numa das ilhas (ainda não sabemos, mas provávelmente será Penang), em Kuala Lumpur deveremos ficar 2 noites e idealmente voar para o Borneo (voltou a equação) para mergulho no recife de coral da costa leste da ilha e para trekking no monte Kinabalu. Singapura é o nosso último destino com 2 dias reservados para a cidade. As ligações ainda não estão definidas bem como alguns destino intermédios, tivemos oportunidade de garantir transporte e alojamentos para os restantes dias na Tailândia, mas optamos por nos mantermos flexíveis (até porque o preços apresentados não eram os melhores). Um mês que falta é dividido ao meio entre Tailândia e Malásia com 15 dias para cada país (Singapura está englobada na Malásia).

                        Tabela I                                                                    Tabela II

A Tabela 1 tem os valores dos nossos gastos divididos por categorias. Aqui estão excluídos todos os gastos feitos em Portugal, nomeadamente as vacinas e as passagens aéreas de Lisboa-Hong Kong, Macau-Bangkok e Singapura-Lisboa, que foram os items que mais pesaram antes de descolarmos.
A Tabela 2 representa a nossa média diária até ao corrente dia, o dinheiro que podemos gastar nos dias seguintes cumprindo o orçamento de 1000€/mês, ou 33€/dia.

Mesmo apesar de algumas refeições mais caras do que o suposto e do curso de mergulho e 6 dias de alojamento pagos em avanço, ainda estamos dentro do orçamento, o que é muito positivo, porque o mesmo nos próximos dias vai baixar.

Em termos de países só há que acrescentar o Camboja, um país de gente simpática e templos soberbos. A natureza e as praias do país prometem e parece me que tudo junto é mais do que razão para voltar! Em termos de preços, em termos de alojamento penso que esteja a par dos seus vizinhos, possivelmente até mais barato! A cerveja é baratíssima (0,40€ a caneca) e a comida apesar de não ser tão barata como na Tailândia fica bem mais em conta que no Laos e Vietname. As entradas em monumentos/museus variam imenso entre eles. O transporte pareceu-me bastante em conta. A tom de curiosidade, no Camboja um corte de cabelo ficou me por 2,25€.

Espero que gostem e que ajude quem estiver a pensar vir para estas bandas!



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dia 59 - Angkor (Parte III - Templos longínquos)

O nosso último dia de bilhete para os templos de Angkor foi dedicado aos templos mais longe de Siem Reap. Como tal seguimos cedo em direcção ao Banteay Srey, aclamado por muitos como a joia da coroa de Angkor, isto devido ao facto deste templo ter sido construído e esculpido por mulheres, só assim conseguindo atingir o detalhe e a delicadeza dos trabalhados; o que seria impossível com uma mão masculina. A construção deste templo remonta ao ano 967 DC e fica a cerca de 35km de Siem Reap, ou seja, cerca de uma hora de tuktuk.


Os minuciosos trabalhados sobre os pórticos





A segunda paragem do dia, já com o calor a apertar foi o Kbal Spean, encontra-se perdido na selva, no topo de um monte e requer cerca de 3km de trekking para lá chegar. Nós ainda nos aventurámos mais um pouco pela selva em busca de...? Kbal Spean, pode ser considerado uma espécie de templo ao ar livre com diversas esculturas Hindus nas pedras em volta de um rio, sendo também conhecido como o rio das mil Lingas. Este lugar apenas foi "descoberto" em 1969, sendo que devido às contingências da guerra, apenas foi aberto ao público em 1998. Devido à sua distancia e difícil acesso, o local ainda se encontra bastante virgem.
A "estrada" que nos levava ao Kbal Spean (não me enganei na foto [mas também não foi sempre assim])


Uma bonita enseada que encontrámos depois nos "perdermos" na selva





No regresso, cansados e já com fome, antes de almoço fomos visitar o Cambodia Landmine Museum, um museu criado por um local que após ter sido soldado, dedicou a vida a remover os inúmeros UXOs (unexploded ordinace) espalhados pelo país derivados das inúmeras guerras que têm assolado o país. Aqui encontrámos muita informação tanto sobre a guerra, como sobre a história do país e da região, informação sobre minas, bombas, crimes de guerra, etc. Embora pequeno e simples, de facto vale a pena para quem queira saber um pouco mais sobre a história recente do país.


  

Depois de almoço seguimos para o Banteay Samré. Ficam as fotos.

O interior de um dos templos



Aglomerados insanos de aranhas. Eram às centenas se não milhares, umas em cima das outras... Nunca tínhamos visto tal coisa.

Para finalizar, fomos até ao complexo mais antigo de Angkor. Os templos de Roluos remontam a 877 DC e são o exemplo da arte clássica dos Khmer, visto terem sido os primeiros grandes templos construídos pelos mesmos. Visitámos Preah Ko, dedicado a Shiva com inscrições em sânscrito nas portas dos templos. E de seguida Bakong, uma enorme construição em forma de pirâmide de arenito de 5 pontas que representa o Monte Meru.

Preah Ko

Inscrições em sânscrito nas ombreiras das portas


Bakong



Lamento a pobre escritura dos dias em Angkor, mas o tempo tem sido pouco e a tecnologia incoperante, portanto as histórias e o relato das experiencias tem sido poucas e com poucos pormenores e as fotos têm dominado os posts. Portanto, mesmo sem grande história, fica aqui mais uma foto do nosso jantar na Pub Street: um barbecue semelhante ao que fizemos em Luang Prabang (Laos), desta vez não tão bom, mas com 12 tipos diferentes de proteína: vaca, espadarte, peixe barra, galinha, crocodilo, perna de rã, canguru, avestruz, camarão, porco, lula e tubarão. Para mim era tudo bom... e o que não era bom, era carne/peixe e eu comi à mesma! :D
  
Pub Street

Khmer BBQ