terça-feira, 4 de março de 2014

Dia 77 e 78 - Penang (GeorgeTown e Kek Lok Si Temple)

Dia 77:

Já com as baterias recarregadas (apesar de viciadas), estávamos preparados para mais um dia de temple (e city) run! Depois  do pequeno almoço seguimos estrada fora à descoberta de Georgetown, a capital do distrito de Penang.

A nossa primeira paragem foi a Mansão Cheong Fatt Tze, uma luxuosa mansão construída em 1880 que (noutros moldes, mas à semelhança da Crazy House que visitámos em Dalat, Vietname) além de museu, é também um hotel. Atracção que acabámos por não visitar, visto ter horários estritos para as visitas guiadas (11h e 15h) e ainda faltar bastante tempo para ambas. Fica a foto do exterior.


A nossa paragem seguinte, apenas vista de fora foi a igreja de São Francisco Xavier.


Escaços metros adiante decidimos visitar o  Penang Museum, onde pagámos cerca de 25 cêntimos (1 Ringgit) pelo bilhete. Museu barato e bastante bom com uma exposição sobre as roupas, os objectos, os hábitos das diversas etnias que influenciam e hoje fazem parte da população de Penang, sendo as principais: malaia, chinesa e indiana.

Rolls Royce: O antigo carro do governador de Penang

As especiarias que trouxeram o comercio mundial à ilha

A nossa paragem seguinte foi a simples (para os standards de igrejas na Europa) mas ainda assim agradável Igreja da Assunção. Todo o interior era branco, incluindo o tecto totalmente preenchido por ventoinhas, apenas com o altar de madeira em tons de castanho.


Do cristianismo passámos para o taoismo, para o templo Kuan Yen Tien, um templo do século XIX, construído pelas primeiras etnias cantonesas e hokkien, dedicado deusa da misericórdia. da boa sorte, da paz e da fertilidade. Em tempos de crise um deus tem que ficar com várias pastas de 4 ministérios diferentes. Perdoem me a blasfémia, mas a crise já chegou ao céu.


Do departamento religioso, passámos para o departamento militar, ao visitar o Forte Cornwallis, construído no cabo de Georgetown, o exacto local onde a cidade foi fundada pela capitão Francis Light em 1786.


Saíndo do forte passámos por alguns locais de interesse, como a câmara municipal, arte de rua e a torre do relógio (não ponho mais fotografias porque o post até agora já demorou algumas 4 horas a carregar as fotos; desta feita, com esta net vou cortar um pouco mais nas fotos, lamento), antes de irmos visitar a Mansão Pinang Peranakan, uma antiga casa de uma rica família chinesa, é hoje uma casa-museu caracterizada pela sua ornamentação: móveis, portas, arcos, etc; tudo muito trabalhado e muitas vezes com madre pérola encrostada na madeira e folha de ouro. Além da casa em si também visitámos a o templo anexo à mesma e a exposição de joias pertencentes a esta família. É incrível a quantidade de ouro e pedras pereciosas que que encontra por estas bandas!


Famintos procurámos um restaurante para almoçar. O eleito foi um simples prato (aparentemente) chinês: chicken rice, dos pratos mais simples que comemos até agora, visto básicamente ser frango grelhado em cima de arroz branco, servido com uma pequena tigela de sopa. De barriga cheia deambulámos pelas ruas da cidade em busca das famosas pinturas pelas rua. Há onde se chame vandalismo, aqui chama-se street art, ou arte de rua. Fica um exemplo!


Queríamos visitar a mais famosa casa de Georgetown, a Khoo Kongsi Clanhouse conhecida pelas seus dragões, mas infelizmente estava em obras de restauro, pelo que com muita pena nossa tivemos que passar. Por semelhantes razões também falhamos o templo hindu mais famoso da cidade, o Sri Mariamman.

Desta forma o nosso último grande destino do dia foi a Mesquita do Capitão Keling, construída há cerca de 200 anos, pelos primeiros colonos indianos muçulmanos. Esta mesquita tem diversas influencias arquitectonicas, nomeadamente indianas, mongóis e chinesas. Um crente encarregou-se de nos mostrar e explicar o edifício, bem como vários rituais e práticas islâmicas, chegando mesmo a oferecer-nos dois livros: um elucidativo sobre o islão e o Corão. No fundo estava a espalha a palavra do Senhor. Foi um episódio engraçado. Fica a foto da mesquita.


O resto da tarde foi dispendido a deambular pela cidade: mais street art, Little India e ainda tivemos oportunidade de ver um desfile japonês de carnaval no jardim junto ao forte. Nos entretantos encontrámos um português com quem trocámos algumas histórias.

De regresso a casa, pouco fizemos além de comer (o jantar foi chicken tandoori e naan) e dormir!



Dia 78:

O nosso último dia em Penang estava destinado à exploração dos arredores de Georgetown, nomeadamente o Kek Lok Si temple e a Penang Hill e tudo o que a mesma engloba; se bem que na verdade o dia não correu de acordo com o planeado.

Depois do pequeno almoço apanhámos o autocarro até à base do monte Air Itam, de onde inicámos a subida até topo, onde se encontrava o Kek Lok Si Temple, o maior templo Budista da Malásia. Templo construído no final do século XIX através de doações dos fiéis. A subida ao mesmo é feita através de uma espécie de túnel, cujas paredes se encontram preenchidas por lojas de roupa, comida, bebidas, souvenirs, etc. Subimos até onde era possível ir a pé e o restante caminho até ao topo foi feito de teleférico (cerca de 1,5€ ida e volta). No topo encontrámos a Pagoda dos Mil Buddhas, com (alegadamente) mil estatuetas de Buddha a preencher as paredes da mesma e uma enorme estátua  de bronze de Kuan Yin, a deusa da misericórdia, com 36,5 metros de altura. Temos muitas fotos giras para mostrar, mas a troika chegou ao blog!



Antes de descermos, passámos algum tempo a explorar os jardins e os templos no topo da colina. Voltámos ao teleférico e fizemos o caminha inverso ao da subida. Ao chegarmos à base fomos almoçar, desta vez um Penang Laksa, uma sopa de peixe algo frutada (sim, frutada devido ao tamarindo) e muito picante acompanhada com noodles. Nada de especial.

De seguida, e em modo "unhas de fome", decidimos caminhar (cerca de 2km) até ao grande teleférico que (supostamente) nos levaria ao topo da Penang Hill, para poupar míseros 50 cêntimos.

Ao chegarmos perto do nosso destino procurámos um ATM porque precisávamos de dinheiro tanto para comprar os bilhetes (cerca de 7€) como para os restantes dias. Aqui é que tudo começou a correr mal! Nem o meu nem o cartão do Rui nos davam dinheiro e nós não tinhamos mais de 7-8€ em moeda local connosco. Um euro para o autocarro para voltar a Georgetown, mais 5€ para o jantar dos dois e mais 1€ para comprar água e um chocolatinho fizeram com que nos deitássemos com cerca de 0,02€ na carteira. A resolução (parcial) do problema fica para o dia 79.









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