terça-feira, 29 de março de 2022

Dia 53, 54, 55 e 56 - Maragogi - Praia, Festa e Alergias

 Dia 53 - Trabalho, praia, alergia e festa!


Mas que dia preenchido o meu! Acordo cedo para trabalhar a dobrar, porque para amanhã, os planos são de vida boa!

Trabalhei todo o dia, com uma pequena pausa para almoço. 

Ao fim da tarde decidi procurar uma farmácia aberta e com anti-histamínicos para combater uma alergia que começou há uns dias quando mergulhei em Porto de Galinhas, a que pouca importância dei. Esta negligencia traduziu-se num alastrar da alergia que começou nos meus braços, para o peito, costas, pernas!

Receitaram me um anti-histamínico forte e recomendaram me que evitasse alguns alergéneos e água do mar por uns dias.

Trabalho despachado, medicado, saí para jantar com o Márcio e com mais 3 pessoas que ele conheceu no hostel dele. Comemos um par de tapiocas e fomos a um barzinho de praia com música ao vivo. 

Algumas curiosidades da minha primeira noite de festa por estas bandas:
  1. Além de não saber dançar, não conhecer 95% das músicas não ajuda
  2. A alegria generalizada é contagiante
  3. Um dos moços que conheci, para além de professor de dança, bailarino, também é o príncipe de carnaval de Olinda. Não sabia bem o que isto queria dizer, mas é definitivamente um posto por estas bandas.
  4. O moço (Luan) dançava tanto e tão bem que a banda foi relegada para segundo plano, e ele passou a ser e fazer a festa!
  5. E nós todos contentes porque cervejas grátis continuavam a seguir para a nossa mesa!
Acabou a festa, bem cedo, por volta das 23h, visto que tudo acaba muito cedo por estas bandas, mesmo sendo sábado! Fomos então dar uma volta pela praia, conversar um pouco e ainda dar uma perninha de invasão de propriedade privada, para dar uma espreitadela, no alegadamente melhor resort do Brasil: Salinas Maragogi.

Tudo é o melhor por estas bandas, então é melhor levar tudo com uma pitada de sal!

Outra curiosidade engraçada é o facto dos brasileiros pouco ou nenhum contacto terem com os portugueses, tendo dificuldade em entenderem o sotaque como mencionei anteriormente. O Márcio que vive em São Paulo, e viaja pelo Brasil várias vezes por ano, há mais de 10 anos nunca tinha conhecido um Português nas suas viagens, e nesta viagem, em menos de uma semana conheceu dois!




Dia 54 - Vida Boa - da praia de Xareu à Barra Grande



Invariavelmente, acordar cedo para acabar o pouco trabalho que me faltava para seguir viagem para a praia de Xareu, adjacente à praia da Ponta de Mangue onde estive há dois dias. Outra praia, alegadamente a mais bonita do Brasil!

Conhecemos mais pessoal e juntámo-nos todos numa carrinha que estava por nossa conta em direcção à praia cronometrando a nossa chegada com a maré vazia de modo a podermos caminhar até aos recifes de coral!

Chegamos à praia e seguimos directos para a água em direcção ao corais agora emersos. A caminhada com água límpida e transparente entre o joelho e a barriga deve ter sido de quase 2km. Experiencia incrível que mais parecia um caldinho de peixe dada a temperatura da agua e a quantidade de peixinhos à nossa volta! Adorei!


Já no recife de coral, que na verdade mais parecia apenas rocha, encontrei muitas pocinhas, com peixinhos, de várias cores, ouriços, caranguejos, etc. Giro, mas nada de incrível, o fenomenal era o caldinho onde me encontrava!


Voltamos à praia cheios de fome, mas achamos tudo muito caro perto de onde estávamos, então decidimos caminhar um pouco em busca de alternativas! Acabamos por parar num local que era tanto um barzinho de praia, uma quinta, um restaurante, uma comunidade ‘hippie’. Eu só sei que comi um ensopado de bode (cabrito) cozinhado em fogão de lenha e um sumo de acerola da quinta deles incrível! O espaço era muito colorido e agradável com uma vibe bem tranquila!


De barriga cheia separei-me do grupo que preferiu umas cervejinhas à beira mar a uma caminhada de cerca de 10km pela praia fora até Maragogi. Então separei-me do grupo, optando pela opção errada!

A caminhada foi incrível enquanto durou, mas na zona da Barra Grande a maré já estava demasiado alta para poder passar pelo que tive que ir até à estrada, onde o passeio era bem menos interessante e mais desagradável e aborrecido. Apanhei uma van até ao centro depois de alguma espera e algum desespero!


Depois de uma banhoca e algum descanso, o próximo destino foi uma jantarada com amigos novos e velhos! 

"Um lanche antes de ir na balada" -  que significa comer um hamburger/sandes antes de ir para a festa! Mesmo bar, mesma banda, mesmas musicas, mas acabou por ser mais animado! 


Ainda seguimos deste barzinho para outro, e ficamos praticamente até fechar na despedida do nosso grupinho! Estou decididamente a ficar velho e sem andamento para o nível de copos desta gente! Tenho que ir aos treinos.

Regresso a casa marginal fora, xixi e cama!


Dia 55 e 56 - Trabalho e a fazeres

Dois dias sem muito a contar, para além de me ter ido despedir da minha tropa dos últimos dias com promessas de visitas a São Paulo e Minas Gerais. Na despedida eles alugaram um barco e foram de festa pelo mar a dentro! Fui dura deixar esta passar...

De resto foquei-me em me portar bem e curar esta maldita alergia! Trabalhei bastante para ficar despachado e tratei de lavar roupa, que achei uma pequena fortuna por estas bandas!

Dois dias em Fast-Forward a viver a vida de ermita no Nordeste Brasileiro!

Na despedida acabei por fazer amigos novos, com os quais saí para jantar e beber um copito, numa noite que se revelou muito interessante com um Português, um Francês, uma Uruguaia e uma Brasileira sentados à mesa a beber cerveja e a discutir os estereótipos que um o nosso país tem dos outros! Por vezes a conversa aqueceu e o politicamente correcto saiu da mesa. Experiencia muito interessante!

Acabou-se a cerveja e era hora de retornar ao hostel, porque amanhã a viagem continua!

quinta-feira, 17 de março de 2022

Dia 50, 51 e 52 - Porto de Galinhas, Praia de Carneiros, e viagem para Maragogi

Dia 50 - Mergulho em Porto de Galinhas

Acordo cedito para traba... não! Hoje apesar de ser dia de trabalho, acordei cedo em busca de arranjar um mergulho em conta pelas transparentes águas de Porto de Galinhas. Depois de um belo iogurte com granola e maracujá saí com um dos meus copanheiros de camarata em busca de um tour que nos levasse a mergulhar.

Sem muita demora fomos abordados por mil e um vendedores de tours, e após algumas tentativas fechámos o mergulho e um passeio à praia de Carneiros para o dia seguinte, tudo bastante em conta!

Seguimos então directos para a praia, onde a maré estava vazia, e onde iriamos apanhar um barco até ao recife de coral para mergulhar nas limpidas águas. Pelo menos foi o que nos venderam, e que eu acreditei!



Chegando à praia, apanhamos um "barco", que na verdade era mais uma jangada, que nos transportou cerca de 5 minutos e uns 50 metros até ao recífe de coral, ou rocha, formava as conhecidas baías naturais. O curioso é que 80% do que fezemos de barco, poderiamos ter feito a pé, e com água pela cintura, mas adiante.

Chegámos então a uma plataforma flutuante, com uns 3 metros de água sub ela na parte mais funda, no fim da baía, perto da orla de coral. Aí equipámo-nos e mergulhamos com um instrutor que tinha vivido uns 10 anos em Portugal, que com um sotaque português muito forçado e a usar a palavra "pá" no final de cada frase se meteu comigo.


Megulhamos então. A má visibilidade e a pouca variedade de peixe deixaram me bastante desapontado com o mergulho em terras sul Americanas. Ainda assim foi bom para relembrar! Curioso que depois do mergulho, fiquei com os oculos e o snorkel e continuei a explorar, onde vi mais peixe e até um polvo!

Mergulho terminado, é hora de voltar para o mundo real, ou seja, o trabalho que não tinha feito esta manhã! Pouco mais fiz o resto do dia para além de trabalhar enquanto passava mal com o calor!



Deci fazer uma pausa e dar uma volta em busca de um jantar cedinho, onde comi uma tapioca (farinha de mandioca) que ao ser colocada numa frigideira, cozinha e se torna numa espécie de crepe. Esta foi recheada de queijo e carne de sol, uma carne de vaca ligeiramente salgada e ligeiramente seca ao sol. Posteriormente é cozinhada e é algo muito popular por estas bandas. Estava óptima, que delícia! Para sobremesa investi numa canjica, uma espécie de arroz doce, mas feito com milho em vez de arroz. Para compensar a tapioca, perdoem-me os apreciadores de canjica, mas estava nojenta! Não consegui comer.

Voltei para o hostel, e fui trabalhar um pouco mais para a cama (o meu escritório de sempre) e dormir.



Dia 51 - Passeio à praia de Carneiros

Dia de folga, dia de passeio! O destino será a praia de Carneiros, alegadamente uma das mais bonitas da região e de todo o Brasil. Ainda estou a começar, mas já começo a sentir que a medalha de "Praia mais bonita do Brasil" é partilhada por diversas praias!

Uma carrinha apanhou-nos (a mim e ao meu companheiro de mergulho que acabou por se tornar comparsa de viagem por mais uns dias) e levou-nos cerca de 50 para sul de Porto de Galinhas até ao Rio Formoso, onde apanhámos um barco que nos levaria a vários pontos da praia de Carneiros.

Curiosidade do dia, Porto de Galinhas ganhou este nome devido ao facto de ser um importante porto no comércio de escravos durante muito tempo. A razão das "galinhas" deve-se ao facto da escravatura não ser bem vista e no porão do barco, os escravos estarem escondidos por de baixo de gaiolas de galinhas. Cada vez que um barco de escravos chegava, a palavra era espalhada pela cidade em código: "Há galinha no porto". A praia de Carneiros, sem grande história, ganhou este nome visto que os seus donos pertencem à família Carneiro.

O barco era bem animado, com musica e caipinhas logo às 10 da manhã. Demasiado para mim!


Primeira paragem: recife de coral e suas piscinas naturais, bem bonitas e agradáveis mas a paragem foi muito curta, meia hora no máximo diria eu. Apenas tempo para tirar meia duzia de fotos e ficar 5 minutos de molho numa poça com água à temperatura de uma sopa. Em menos de nada suou o apito para ir embora para o barco. 

A segunda paragem foi no banco de areia, engraçada visto a maré baixa formar uma lomnga ilha de areia, mas sem muito para ver. Ao sair do barco, ainda dentor de água somos abordados para comprar cocadas, mas passamos. Vamos directos para dentro de água curtir um pouco mais da sopa! Em menos de nada o primeiro apito: está na hora de ir embora. Ficamos um pouco mais, até que soa o segundo apito: ou vamos agora ou perdemos o barco. Alegadamente se alguem ouvir o terceiro apito, já é tarde de mais!


Próxima paragem, Praia de Carneiros, famosa pela sua bonita igreja em plena praia, onde alegadamente quem lá se casa, tem um casamento feliz para toda a vida. Havia fila para tirar fotos na igreja e muita gente na praia, já muitas banquinhas, vendedores ambulantes e barzinhos. Mais uma mini paragem para variar, foi o tempo de tirar umas fotos, comprar umas cocadas para o caminho e seguir viagem.


A paragem seguinte não teria grande interesse não fosse a história que aí vem! Parámos numa praia conhecida pela sua base argilosa, com diferentes tipos de argila poucos centimetro a baixo da areia, que dependendo da cor é boa para... tudo! Faz lembrar o Tiger Balm na Ásia! Besuntámo-nos de argila, e fomos dar uma volta até a um pequeno cabo que a praia formava. 

No regresso, ouvimos um apito e pensamos: "Está tudo bem, já estamos a regressar, e ainda faltam mais dois". Mas na verdade aquele apito deve ter sido o segundo ou o terceiro, pois o nosso barco começa a ir embora... primeiro pensei que fosse uma brincadeira, mas rápidamente percebi que o barco estava pronto a abalar e a deixar-nos ali. Nem tive tempo para ficar chocado, fiz me à água e comecei a nadar  em direcção, enquanto gritava para que parasse!


Felizmente alguém no barco viu/ouviu dois maluquinhos desesperados a nadar e a gritar e mandou duas motas de agua para nos apanharem. Subimos cada um numa mota e seguimos até ao barco. Ao fazer o transbordo da mota para o abrco devo ter feito muita força num dos lados da mota, que a mesma virou, atirando o rapaz da mota para dentro de água! Um misto de vergonha e divertimento ali! Ainda deu para rir bastante!

De volta à embarcação, seguimos de volta para o nosso ponto de partida, onde apanhamos o autocarro até um belo e caro restaurante noutra praia perto de Tamandaré. Este restaurante fazia parte do tour, mas o almoço não estava incluído e com poucas ou nenumas alternativas por perto, o mesmo podia cobrar o preço que quisesse! Decidimos caminhar um pouco pela praia sem grandes esperança de encontrar comida, mas na verdade encontramos um barzinho que servia comida bem em conta! Dois caldos de siri (caraguejo local), um prato de carne de sol e batatas fritas e umas cervejinhas de baixo de um guarda sol, numa praia de areia branca e bonito mar azul encheram a nossa mesa de felicidade!

De barriga cheia voltamos ao autocarro que nos levou de volta.

Já chegámos ao fim da tarde, visto aqui anoitecer muito cedo. bem cansados fomos comer uma pizza ao centro, comprar protector solar como deve ser, fazer a mala e descansar. Amanhã é dia de viagem!



Dia 52 - Viagem para Maragogi

Acordar cedinho, acabar de arrumar a tralha, comer qualquer coisa e procurar um autocarro para Ipojuca, a cidade maiorzinha a que Porto Galinhas pertence e onde tem mais ligações rodoviarias. Após uma curta e desagradável viagem (maioritáriamente devido ao calor) chegamos ao nosso destino, onde teríamos um carro partilhado à nossa espera para nos levar até Maragogi.


O carro, convenientemente atrasou-se um pouco, pelo que deu tempo para levantar dinheiro no Bradesco (o único banco que encontrei que não cobrava comissões no meu cartão, visto todos os outros cobrarem cerca de 5€ por levantamento!) e beber um sumo para refrescar antes de seguir viagem.

No processo de espera e viagem tinha uma inconveniente reunião de trabalho, que foi muito atrapanhada devido à má ou inesistente internet durante a viagem, e pior, devido ao facto de ter perdido uma peça de um dos fones, tornando-o in itilizavel! Mas melhor ou pior, tudo se faz!

Chegando a Maragogi, fomos deixados junto da bomba de gasolina, um pouco longe do centro onde tinhamos o nosso alojamento marcado. Uma boa caminhada sob o sol escaldante, por breves momentos fez-me desejar por um mergulho; até me lembrar que a água por estas bandas é sopa!


Check in feito, tralha deixada, era hora de um almoço rápido e refrescante, e nada melhor do que um açaí para resolver a questão! A caminho da carrinha/minibus que nos levaria à praia Ponta de Mangue, mais uma vez, "a mais bela do Brasil". comprei um par de chinelos, visto que os meus já estavam impróprios para consumo! Literalmente com um burado junto ao peito do pé.

Curiosidade destes chinelos é o facto de gostar tanto deles e daí ter-lhes prolongado tanto a sua vida. É o segundo par desdes chinelos da Reef que tenho, e os primeiros deixei-os em Singapura há 8 anos atrás, também com um buraco na sola. Procurei por chinelos iguais e nunca encontrei até que encontrei estes que deitei fora há uns anos perdidos e já algo velhos numa praia do Algarve. Duraram até hoje! Descansem em paz.

Seguimos até ao longo areal que inclui diversas praias, onde caminhámos até à praia de Peroba. Areia branca, agua azul esverdeada e bonitas palmeiras verdejantes são atributos comuns das praias no Brasil! Agora começo a perceber porque "todas" são a "Praia mais bonita do Brasil". Conhecemos dois senhores reformados que estavam a curtir a praia e ficámos à conversa com eles antes de regressarmos à base.

Saímos para jantar num fraco rodízio, mas que ficou em conta. Aqui o sistema de rodízio tem 3 opções mais comuns: 

  1. O low-cost, em que se pode escolher 2 tipos de proteína (diferentes tipos de carne/peixe), e nos são servidos uma unica vez, e depois temos acesso a um buffet de acompanhamos, onde nos podemos servir à vontada as vezes que quisermos.
  2. A peso, normalmente buffets mais ricos, variados e melhores, mas em independentemente do que se coma, o preço é pelo peso do nosso prato. Pode comer-se mais e mais vezes, mas é sempre a somar! Não gosto muito deste sistema visto ser difícil de perceber quanto se está a gastar.
  3. Tudo à grande, em que o preço é fixo e pode comer-se tudo o que se quiser por um preço normalmente mais alto. Há a variação de se poder encher um prato com o que se quiser apenas uma vez, ou de facto o buffet livre.

No regresso decidimos dar uma volta pela praia, onde encontrámos um monumental peixe balão com mais de meio metro de tamanho! E com esta me despeço!


















domingo, 13 de março de 2022

Dia 49 - Porto Galinhas, Maracaípe e um picth de vendas!

Dia 49 -  Porto Galinhas e Maracaípe 

Acordei cedinho, preparei uma bela granola com iogurte e manga: Que maravilha! A maravilha só não foi maior porque enquanto comia no belo jardim, cheio de vegetação luxuriante, em frente do hostel, eu próprio também era comido por mosquitos. Dar e receber, certo?

Para continuar o trabalho foi complicado, tentei o terraço, tentei a sala no último piso, tentei a cozinha e eram todos locais minimamente decentes mas cheio de mosquitos. O local com menos insectos era o dormitório, mas esse infelizmente só tinha ar condicionado durante a noite, pelo que era quente de mais!


Trabalho terminado era hora de sair para almoçar e ir explorar a praia! Comi um belo e barato peito de frango à parmigiana (com molho de tomate e queijo parmesão, um frango que sabe a pizza) e segui praia a fora para sul em direcção a Maracaípe, um local que já me tinha sido recomendado pelo meu professor de surf (em Portugal) como uma boa zona para surfar.

Cerca de 5km praia fora passei por algumas escolas de surf, a maioria fechada. O mar não estava incrível, não me senti muito confiante e achei os preços muito altos, de maneira a que passei e segui a caminhada, onde pelo caminho encontrei muitos ninhos de tartaruga. 


Em Porto Galinhas a praia é muito cheia, mas a caminho de Maracaípe, a praia era só minha! De notar que o mar aqui é muito calmo devido ao recife que se encontra a algumas centenas de metros da costa durante centenas de quilometros de extensão, e na maré vazia estes recifes saem fora de agua, formando bonitas e transparentes piscinas naturais.

Entretanto voltei para o hostel, banho,, despachar um pouco de trabalho, etc. Depois saí para jantar com um dos meus colegas de quarto, oriundo de São Paulo, mas que estaria de férias 10 dias no Nordeste.

Saímos, jantámos, e na busca por um barzinho para ir beber um copo, fomos abordados por um comercial a falar de uma inauguração, cerveja grátis, gente bonita bla bla bla. O brasileiro e a sua personalidade relaxada torna-o num mestre de vendas! Engano ou mal entendido percebemos que íamos à inauguração de um bar, mas na verdade era um show-case de um empreendimento turístico que estava a ser construído e estavam a vender unidades de time-share. Mal sabiam eles que nós eramos pobres!

O mais interessante da situação para mim foi a organização e a técnica de vendas. Parecia que estava de volta à universidade numa aula de Negociação e Técnicas de venda! Se o fosse eles teriam uma óptima nota! Deixo o resumo:

Fomos abordados por um comercial na rua que nos levou a um edifício muito bonito e moderno, com figuras enormes do Avatar e do Shrek, depois entrámos no edifício, que eu diria ser um hotel, fizemos o check-in, onde nos pediram alguns dados e uma moça toda jeitosa e extrovertida vem nos receber. Apanhamos o elevador para o piso superior onde há inúmeras mesas e pessoas a conversar, bebidas nas mesas. Ambiente relaxado, mas estranho para ser um bar. Sentámonos e aí é que percebi o que se passava! A comercial começou a mostrar-nos o projecto, onde seria, todos os pormenores, as diferentes unidades, as vantagens económicas e de lazer, etc. Estavam-nos a vender um sonho! Daí passamos os 3 para uma pequena sala de sinema onde um alegado cantor famoso dá a cara pelo projecto, onde temos uma perspectiva visual muito melhor e interessante. De seguida vamos ver uma unidade de alojamento, totalmente mobilada. Muito interessante. A caminho da sala estavamos antes, a comercial começou a mencionar como já havia poucas unidades, muita gente famosa já comprou, etc. Um pouco mais de conversa, tentar ganhar afinidades connosco e tal, até que vem a supervisora dela e depois de alguns minutos de conversa em busca de mais afinidade, já com cerveja e snacks na mesa, os valores de venda surgem, e a cada recusa que damos, o preço baixa mais, e mais e mais... não podemos pensar, temos que agir naquele momento para ter acesso às melhores condições! Muita pressão, que obviamente não deu em nada. 

Experiencia algo aborrecida, devido ao tempo perdido, mas muito interessante em retroespectiva!

Dia 46, 47 e 48 - Recife, Olinda e viagem para Porto Galinhas

Dia 46 - Recife

Noite curta e mal dormida, seguida de uma manhã que não foi mais longa devido ao horário do pequeno-almoço (que ninguém sabe o que é, aqui é o café da manhã!). De notar que os cafés já saem da máquina com açúcar, o que foi algo estranho e difícil de me habituar por estas bandas.

Este dia foi passado dentro de portas, visto que entre o almoço e o trabalho, não saí do hotel. Apenas saindo por volta das cinco da tarde para uma caminhada pela praia ali na zona de Pina/Boa Viagem, antes de se fazer noite, visto que pouco depois das seis da tarde, no Nordeste Brasileiro, a noite cai.




Uma pequena curiosidade. Parece que há uns anos atrás decidiram fazer um grande matadouro em Recife muito perto do mar, sendo que o seu esgoto ali deságua. Esgoto de matadouro é sinónimo de de sangue, o que por sinal atrai tubarões, o que torna as praias do centro de Recife não recomendadas para banhos. De notar que mesmo ao fim do dia, o calor e a humidade se tornam algo insuportáveis e quase difíceis de lidar.

Voltei ao hotel, tomei uma banhoca e fui jantar com um colega meu de trabalho que vive em Recife. Demos uma volta de carro pela cidade e fomos comer um bom bife brasileiro... a uma churrasqueira americana! Não perguntem!

No processo tratei de arrancar um cartão SIM brasileiro para o telemóvel, visto que o peruano deixou de funcionar. Já sabia que seria difícil encontrar quem me vendesse um cartão, mesmo pre-pago, sem CPF (uma espécie de número de contribuinte). O meu colega António tratou de me ajudar no processo usando os seus dados e tudo correu bem.

De notar que o CPF é brutalmente importante por estes lados, o que torna a vida de estrangeiros extremamente difícil na compra de várias coisas, como cartões SIM, bilhetes de autocarro, bilhetes de avião, etc.

Hora de recuperar o sono ainda em falta, amanhá é outro dia!



Dia 47 - Olinda e Recife Velho

Acordei cedo, mais revigorado depois de uma boa noite de sono, tomei o pequeno-almoço e peguei cedo ao trabalho, para poder ir para a má vida assim que possível!

Ao sair do hotel, pouco depois da uma da tarde, o calor era abrasador e avassalador, bem pior do que no dia anterior! Apanhei então um taxi para o centro histórico de Olinda, onde fui abordado por um simpático guia a oferecer me um tour pela cidade. Peguntei o preço e ele disse me que era gratuito, com uma gratificação opcional no fim. Ainda insisti em busca de valores, mas ele disse que se eu não gostasse não tinha que pagar. Aceitei, mas disse que primeiro tinha que almoçar! Estava faminto e desejoso de provar uma iguaria local: peixe fresco!


O guia recomendou me um restaurante, que alegadamente servia muito bem (e caso sobrasse, para pedir para levar os restos para as crianças órfãs a cargo da igreja),  e mandou vir o prato mais popular da terra: Peixe ao molho de camarão. Chega me uma monumental travessa de peixe (enorme posta) cheia de pimentos em cima, arroz e pirão (molho de peixe engrossado com farinha de mandioca). Apesar dos pimentos, que pus para o lado, a refeição estava bastante boa! Quando a conta chegou é que percebi que a comida tinha sido para duas pessoas (por vezes é complicado encontrar um restaurante que tenha pratos individuais... muito estranho! O standard é para duas pessoas), e o preço bem caro: quase 30€ a refeição! E eu que pensava que o Brasil seria barato...


Seguimos então pela cidade dentro, muito bem preservada, património da humanidade e muito colorida! As cores das casas devem se ao facto de antigamente as mesmas não serem numeradas, portanto para uma carta ser entregue, seria para a seguinte morada: Casa Vermelha, Rua Nova. 


Outra curiosidade de Olinda é o facto de casa, igrejas e pavimentos terem sido feitos com o coral que ficava descoberto na maré vazia, coral esse que após extraído, anos mais tarde teve que ser substituído por pedras para travar o avanço das águas.


Visitei várias igrejas, mas sem nada que impressionasse. Interessante também o facto de algumas heranças Holandesas de quando ocuparam esta parte do Brasil. Mais interessante para mim foi o ambiente que aqui se vivia! O melhor exemplo que tenho é uma pessoa sair à rua a tocar triangulo/ferrinhos, de seguida duas pessoas seguem essa pessoa a dançar, alguém sai de uma casa com um tambor e segue a tocar na rua, e o crescimento desta festa de rua foi exponencial, passando de uma pessoa a tocar ferrinhos a uma mini banda e algumas dezenas de pessoas a dançar a sua volta pelas ruas da cidade! Incrível!

Mais tarde vim a saber que essa festa de rua continuou, e ficou bem grande, ao ponto de chamar à atenção do presidente da câmara, aumentando as restrições devido ao COVID desse Domingo em diante.

Gostei muito da cidade e a impressão era claramente positiva até à hora de abalar, quando me estava a preparar para dar ao guia 50 reais (cerca de 9€) ele ficou ofendido e agressivo a dizer que queria mais, que no mínimo lhe pagavam 200 reais pelo tour. Descontente mas ansioso para saír dali, dei-lhe 120 reais (cerca de 20€) e abalei de Uber em direcção ao centro de Recife.

Praça do Marco Zero - O lugar onde os Portugueses fundaram o Recife em 1537

Caminhei pouco mais de uma hora pelas ruas do centro do Recife antigo, nomeadamente a Praça do Marco Zero, Museu Cais do Sertão, Paço Alfândega e Paço do Frevo, com uma aguinha de coco pelo caminho. O centro pareceu me bonito, mas pouco simpático.

As primeiras impressões do Brasil não eram as melhores e o Peru já deixava saudade!

*Spoiler Alert* Com o tempo a impressão foi melhorando!

Voltei ao hotel para acabar o trabalho em falta, ainda cheio do almoço nem quis jantar, de modo que foi uma noite para fazer a mala e relaxar porque o dia seguinte é de viagem!



Dia 48 - Viagem para Porto Galinhas

Manhãs aborrecidas as minhas: Pequeno-almoço, trabalho, almoço, trabalho.

O próximo passo foi apanhar um Uber para o terminal de autocarro para seguir para Porto de Galinhas, viagem de duas horas que levou mais de três: um presságio do que estaria para vir nas minhas viagens terrestres pelo Brasil: demoradas, desconfortáveis e regra geral, caras!


Cheguei ao meu destino já era fim de tarde, como se vê na bonita foto a cima que tirei do autocarro em movimento, mostrando uma bela planície alagada repleta de não tão belos mosquitos. Escusado será dizer que em dois dias em Porto Galinhas fui mais picado por mosquitos do que em mês e meio no Peru, incluindo vários dias na selva amazónica!

Fiz check-in no hostel, e fui da ruma voltinha pela terra, já de noite. Gostei muito do ambiente de Porto Galinhas, um clássico destino de férias com infinitas opções de lojas de lembranças, traquitanas de praia e muita opção de comida e bebida! A minha fome e desejo por açaí, tornou-o o meu jantar!

Antes de regressar a base para invariavelmente acabar o meu trabalho, passei no supermercado para comprar comida para o meu pequeno-almoço dos próximos dias visto ter acesso a cozinha.

Trabalhinho, xixi, cama!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Dia 44 e 45 - Adios Peru, Olá Brasil

Dia 44 - Em trânsito: Arequipa - Lima

Hoje é o meu dia de folga, o dia que mais me empolga (como diz a música "Um dia não são dias não" do Nuno Prata), mas na verdade, deixar o Peru deixa também um sabor agridoce, mas como terminei o meu post anterior, a viagem continua e seguindo a minha filosofia de "ficar contente com o que temos, em vez de triste com o que não temos", ponho um sorriso na cara e bola para a frente, rumo ao país do futebol!

Tive direito a um incrível pequeno-almoço caseiro com um cappuccino com café premiado orgânico, leite de amêndoa caseiro e tostas com abacate e ovo mexido! Nada como uma bela refeição para animar o dia!

Aproveitei a manhã para tratar de alguns transportes como o voo de São Paulo para o Recife, marcar hotel, arranjar a mala e deixar muito lastro para trás, relaxar um pouco antes de seguir viagem. Comi uma bela sandes de carne (o Peru tem sandes incríveis, e muitas outras comidas! Come-se incrívelmente bem no Peru, já tinha mencionado?) antes de seguir para o avião, rumo a Lima.

Cheguei a Lima, e decidi fazer o teste do Covid à saída do aeroporto para ficar já despachado para o voo internacional do dia seguinte! Após passar com distinção, já a noite era escure, mas eu senti-me bravo! Então decidi caminhar 15 minutos Callao (se a memória vos falha, a mim também deve ter falhado porque foi este mesmo distrito onde odiei ficar, e onde os taxis se recusavam a trazer me)  a dentro em busca do meu hotel! Após meia hora a caminhar perdido no guetto, encontrei o meu destino.

O destino foi um duche e cama!

Apaguei!



Dia 45 - Em trânsito: Lima - São Paulo - Recife

Acordei relativamente cedo, desci para o pequeno-almoço onde acabei por ter uma agradável conversa em espanhol com um checo que também estava em viagem, e também iria voar no mesmo dia.

Regressei ao quarto de barriga cheia e mais duas sandochas na mala, onde aproveitei para trabalhar um pouco mais. Parece que só falo em trabalho, pelo que me sinto um workaholic! 

A aventura estava prestes a começar! Segui para o aeroporto de Lima a pé, e passar uma grande avenida a pé por volta do meio dia acabou por me lavar quase 20 minutos devido à quantidade de trafego! Juro que ponderei chamar um táxi para me apanhar e passar a rua...

No aeroporto o check in foi pacífico, era cedo e aproveitei para comer algo consistente antes de embarcar. O avião tinha um tamanho médio e uma disposição de lugares que nunca tinha visto: Janela, 2 lugares, corredor, 2 lugares, corredor, 2 lugares, janela. 
O voo foi pacífico e deu para ver um filme, ler um pouco e dormitar, o que fez com que 5 horas de voo passassem a correr! E isto foi apenas o início da corrida!

Lima vista do ar

Aterrei em São Paulo, Guarulhos antes de hora, de modo a que fiquei tranquilo com as minhas duas horas de escala para fazer a ligação...

PLOT TWIST!

Ficámos cerca de uma hora dentro do avião até começar o desembarque, protocolos covid implicavam o desembarque de filas 3 em 3 para evitar aglomerações dentro do avião para de seguida aglomerar, comprimir e empacotar o máximo de pessoas dentro de um autocarro que tardou a chegar ao terminal.

A pouco mais de uma hora para o meu voo de ligação ponho o pé no terminal 2 do maior e mais movimentado aeroporto brasileiro, que por sinal não conhecia, nem sabia bem para onde me dirigir! Nem me lembrei da imigração, que felizmente passei rapidamente e sem problemas!

Não sabia para onde tinha que ir, mas sabia que tinha que ir rápido! Então corri, corri muito e rápido!

Segui sinais, setas, mapas, com apenas um engano cheguei ao terminal 3, já não estava ninguém na fila para embarcar, mas ainda assim consegui não ser o último! Estava faminto, não tive tempo para comer ou comprar água, ensopado em suor e mais cansado que nunca! Desconfortavelmente dormitei na viagem de 3 horas entre São Paulo e Recife.

Chegado ao Recife, o relógio marcava umas 3  avançadas horas da manhã de um dia que já ia bem longo! Não fui de modas, levantei dinheiro, cujo levantamento me custou cerca de 5€ em comissões (chora agora) e apanhei um táxi que ficou pouco a cima dos 6€.

Chego ao hotel, que acabou o por ficar 3 vezes mais caro que eu esperava visto eu ter percebido que o preço das 3 noites, era na verdade, o preço da diária! 


Muito tarde e demasiado cansado para me chatear com o que quer que fosse!

Só precisava de um banho antes de me deitar na minha gigante nova cama...

zzzzz






Dias 40, 41, 42 e 43 - Arequipa - Muito trabalho e pouco passeio

 Dia 40 - Arequipa City Tour

Acordei cedo para trabalhar, almocei num cafezinho local onde terminei o trabalho antes de me encontrar com malta natural de Arequipa que conheci no tour na selva perto de Iquitos que se ofereceu para me mostrar a cidade. Não há melhor do que ver uma cidade pelas experiências locais!

Trabalho despachado! É hora de conhecer a segunda maior cidade do Peru, se bem que 10 vezes menor que Lima! Arequipa é  também conhecida como Cidade Branca devido a grande parte da sua construção original ter sido feita em silar, uma pedra vulcânica branca.

Praça de Yanahuara

Paroquia de Yanahuara

Belas ruas e recantos na parte antiga da cidade

Hotéis, cafés, e até Bancos como é o caso tomaram conta de edifícios antigos ajudando na sua preservação, visto que esta pedra esfarela muito e necessita de manutenção muito regular

Por fim e com a noite a cair, o tour terminou na invariável Plaza de Armas a frente desta bela catedral que não pude visitar visto estar de calções

Uma pequena nota final, que de certa forma é algo recorrente nas Plazas de Armas pele Peru fora, mas mais notório aqui em Arequipa: um ponto de encontro e convício de centenas se não milhares de pessoas que tentei esconder sem grande sucesso na foto a cima! Na escadaria da catedral, nos bancos e na relva do jardim, etc! Interessante componente social de rua, gostei!

Dia 41 - Arequipa e muito trabalho

Segundas-feiras são alegadamente o dia que acabo por ter de mais trabalho, e este dia não foi excepção! Muito trabalhinho e pouco passeia numa Arequipa de pedras brancas e céu escuro que teimava em esconder os seus vulcões! 

Não desanimei e dei mais uma volta pela cidade, onde provei um batido de lucuma, um fruto aparentemente parecido ao abacate mas com uma polpa mais amarelada, farinhenta e... deliciosa! O fruto parece que sabe a leite de creme! Foi uma experiência estranha e brutalmente agradável! Quiçá a melhor fruta para um batido que provei no Peru!



De notar a nabice do Gonçalinho, que após mês e meio a viajar pelo Peru, vi muitas vezes a referência a Lucuma, que pensei ser um abacate, então nunca pedi, porque... quem iria pedir um sumo de abacate, não é?

Fica a nota:
Abacate = Palta
Lucuma = Lucuma



Dia 42 - Arequipa e... Trabalho!

Mais um dia, mais um trabuco no qual aproveitei para avançar um pouco mais o trabalho dos dias seguintes na esperança de conseguir ir ao Canhão de Colca, um canhão cavado pelo rio de igual nome que se encontra a cerca de 160km de Arequipa e se estende por mais de 70km tendo profundidades de 2000m, sendo um dos maiores canhões do mundo!

Tinha planos de adiar o meu voo para o Brasil visto estar a gostar tanto do Peru e querer ver e fazer mais coisas (para além do Canhão de Colca), mas depois de muitos avanços e recuos, a mudança seria demasiado cara ao ponto do bilhete mais a mudança do voo de Lima para São Paulo custaria mais do que o bilhete de ida e VOLTA de Portugal! Tive que abandonar a mudança de planos e seguir com o plano original.

O Salvador Dali está de olho. Café Lautrec

Desanuviar e dar mais uma voltinha pela cidade, beber um cafezinho no agradável café e galeria de arte Lautrec e jantar uma bela pasta caseira com um ragu de borrego! Maravilha! Quem diria que a comida italiana era tão boa no Peru?

Depois da comida italiana, ainda tive direito a uma degustação de chocolates da marca Amazonas, uma marca de chocolates orgânicos, artesanais, sustentáveis, diferentes tipos de cacau, diferentes regiões, mas o sabor incrível era constante nos chocolates negros dos 70% aos 86% de cacau.


Dia 43 - Arequipa e... mais do mesmo...

Invariavelmente mais um dia de trabalho e avanços, mas sem esperanças de ir ao Canhão de Colca visto a opção de 1 dia ser muito corrida e cara, e sem adiamento do voo, a opção de dois dias não podia ser conciliada com o trabalho!

A net do meu apartamento estava muito má pelo que tive um incentivo para ver um pouco mais da cidade mais cedo enquanto buscava por um local agradável para beber um bom cafézinho e usar uma boa internet para acabar o trabalho.

Igreja de San Agustín

Encontrei o café Repúbica onde comi uma boa sandocha de frango e um belo cappuccino numa refeição entre o almoço e o lanche que me soube pela vida e foi o que precisei para acabar o trabalho do dia!

Mais uma breve voltinha, mas com a noite a cair as prioridades mudam e com os estimulos cada vez menores para os meus olhos, o meu estomago e as minhas papilas gustativas começavam a precisar de atenção!

O destino foi uma bela churrasqueira onde comi um belo bife ancho com osso (corte popular na argentina) cozinhado na perfeição, ganhando o galardão de uma das minhas melhores refeições no Peru, quase ao nível do bife de alpaca com quinoto de aji que comi no ultimo dia em Aguas Calientes. Parece que as refeições de despedida são sempre as melhores!

Amanhã é dia de en-malar e voar para Lima. Gostava de ficar mais tempo, mas a viagem continua! Venha de lá o Brasil!



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Dias 39 - Chegada a Arequipa

 Dia 39 - Chegada a Arequipa

A viagem durou cerca de 12 horas de autocarro, mas as condições eram decentes o suficiente para a sobrevivência humana, mas insuficientes para garantir uma boa noite de sono. Descansei, dormitei, mas não dormi de facto!


A primeira luz da manhã revelou um deserto árido e montanhoso com cavados rios rodeados de vegetação no fundo dos vales. Arequipa é a segunda maior cidade do Peru com menos de 10x a população de Lima e tem uma grande importância a nível económico devido à rica extração mineira que a rodeia. O que também rodeia o vale onde Arequipa se encontra são três vulcões que mal vi devido ao nevoeiro constante.

Cheguei de rastos e com trabalho em atraso, pelo que hoje foi dia de trabalho (que não acabei) e dormir cedo!