terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Dia 3 - Hong Kong - Kowloon

Ora bom dia, boa tarde ou boa noite conformo o fuso horário de cada um! Para mim é boa noite porque já passa das 2h!

O dia foi ligeiramente mais movimentado, caminhamos quilometros! Hoje dormimos até tarde para pôr o sono em dia. Depois tiramos umas fotografias ao quarto para terem noção do calibre da coisa! Estamos num dormitório de 8 pessoas, 4 beliches, mas que mesmo para nós dois não chega a ser grande, não fosse este o Micro Hotel! Passo a mostrar as fotos:

                     O meu beliche.

                     O beliche do Rui.

Inegavelmente o melhor do quarto era a vista e a localização central... e o preço!

Depois de tomarmos um pequeno almoço (uma especie de pão de leite com fiambre, ovo mexido e maionese + capucino =  27,5 Hong Kong Dollars, ou seja, cerca de 2,5€ a cada um - uma refeição aparentemente não muito cara, mas que se veio a revelar algo cara quando comparada com o nosso almoço!) no piso térreo do edifício Alhambra, onde o nosso hotel se localiza seguimos para o jardim nas traseiras de um templo aqui perto.


Como podem ver o tempo estava chuvoso e as temperaturas não passaram dos 15º, desenganem-se se esperam um paraíso tropical! Despojos de guerra das monções de inverno! Tal como este pequeno jardim, haviam diversos por toda a cidade. Não deixa de ser engraçado o contraste de ver pequenos espaços verdes e relaxantes como este com a agitação da cidade e a altura dos arranha-céus.

O templo de Tin Hau (deusa dos marinheiros) é o mais antigo da cidade e remonta a 1800. A entrada do templo estava cheia de gradeamentos e até arame farpado, possivelmente porque o centro do templo é a céu aberto. Em todo o templo eram queimados incensos (de cheiro agradável apesar da GRANDE quantidade, e eu não gosto de incenso). Além dos normais pauzinhos de incenso, também havia grandes espirais de incenso que demoravam a queimar entre 7-8 dias, espirais essas que consta darem sorte à família inteira durante esse período. Se assim for aqui a sorte semanal para a semana toda custa entre 160 e 180 HKD (Hong Kong dollars), o que não é caro se a família toda fizer uma vaquinha... Achei ainda curioso as oferendas do comida que faziam nos diversos altares. Via-se de tudo, o mais comum eram frutas, mas também arroz cozinhado, frutos secos, bolos, barras energéticas e até pastilhas! Ficam as fotos:

As enormes espirais de incenso

Altar principal

Altar com oferendas

Ritual a decorrer no interior do templo.

Jardim à frente do Templo

Depois do templo seguimos em direcção ao Mercado de Jade, um mercado de artesanato essencialmente em Jade. Visto não termos comprado nada, não houve fotos para ninguém. Mais uma curiosidade: os preços super inflacionados, com uma margem insana para a negociação! Por exemplo, umas esferas esculpidas dentro de outras que supostamente custavam 320 HKD que passaram rapidamente para 200 HKD e só ao dizermos não e a tentarmos ir embora passou para 50 HKD. Tenho pena de não ter trazido aquela peça, mas estamos no início da viagem e as mochilas não vieram nem vazias nem leves!

Entretanto muito caminhamos pela cidade, almoçamos num restaurante chines, só com chineses que só falavam chinês! Valeu a pena a aventura, porque arrisco dizer que comemos a melhor e mais barata refeição até à data! 30 HKD (cerca de 3€) por um copo de água quente, um chá e uma fantástica e enorme tigela de beef noodles!


De seguida continuamos a nossa jornada por mercados: seguiu-se o mercado de Goldfish Street, uma rua com dezenas de lojas de animais, especialmente de animais aquáticos. O curioso era o grau de especialização de cada loja, ou seja, uma vendia só peixes, outra só gatos, outra só roedores, e por aí fora, chegando mesmo ao ponto de haver lojas especializadas em plantas de aquário, isto ainda no mercado dos animais, mas que já revelava o nosso próximo destino. Devo dizer que este mercado é muito engraçado dada a quantidade e a variedade de diferentes (e alguns estranhos) animais que aqui se encontram. E como em todos os mercados: no pay, no picture.
Seguimos então para o mercado das flores, que para além de uma ou outra planta pouco usual não achamos nada de especial. Foi uma pequena desilusão, especialmente comparado com o mercado das flores de Amesterdão.
O mercado que se seguiu foi o da fruta, não planeado e achado por acaso. Algumas frutas exóticas, outras nem tanto, se bem que o que é exótico para nós é uma dragon fruit e para eles é uma cereja. Com muita pena minha acabamos por não comprar nada de muito exótico, mas a viagem ainda agora começou!

Muito andamos neste dia, deixo umas fotos da cidade:

Curioso, todos os andaimes que vimos eram de bamboo! 

Um grande prédio velho

E um novo

Uma movimentada rua secundária ou terciária

Uma igreja

Pontos a ter em conta: o novo e o velho vivem lado a lado, bem como o rico e o pobre, aqui tudo é muito próximo. Esta cidade têm uma das mais altas densidades populacionais do mundo, e nada como o comprovar, andando de metro em hora de ponta. Para nosso espanto, o metro não estava superlotado como é costume noutras cidades como a nossa querida Lisboa. Aqui os transportes públicos são muito bons e eficazes, toda a gente é ordeira e espera pela sua vez, formando longas filas nas ruas (por vezes dezenas de metros) à espera de um autocarro. Mais uma curiosidade: os transporte públicos aqui são muito baratos e tanto os autocarros como o metro são pagos consoante a distancia percorrida, ao contrário das tarifas fixas a que estamos habituados dentro de Lisboa. Pode parecer difícil e complicado, mas há o maravilhoso Octopus Card, que se pode e deve adquirir logo no aeroporto, e que funciona como passe recarregável, para além de servir como forma de pagamento em milhares, sim, milhares de pontos da cidade, como cafés e restaurantes! Uma boa ideia a implementar em Portugal! 

A nossa curta e agradável experiencia pelo subsolo da cidade culminou em East Tsim Sha Tsui, de onde nos dirigimos rapidamente para a Avenue of Stars para ver o "maravilhoso" espetáculo multimédia. Centenas, se não milhares de pessoas lá se encontravam para o mesmo fim (aqui já se viam algumas dezenas de ocidentais). O espetáculo foi uma pequena desilusão: musica (nada de especial) e luz no outro lado do mar, mesmo na ilha de Hong Kong (porque no fundo Kowloon ainda é China continental, se bem que politicamente faça parte do país Hong Kong e não da ilha Hong Kong): os diversos arranha céus iluminados mudavam de cor e projetavam holofotes e lasers no céu. Tudo isto podia ser melhor, quem sabe, com outras musicas, mas certamente com um melhor sincronismo entre o som e a musica! Findo o espetáculo, o melhor começou: as pessoas começaram a dispersar e ficamos apenas com o mar entre nós e Hong Kong, e que bela paisagem!

A rainha dos filmes

A multidão durante o espetáculo 

O tradicional barco chinês

As foto da praxe 1

A foto da praxe 2

De seguida e para não variar caminhamos e caminhamos... passamos pela Clock Tower, por uma exposição da Disney à frente de um centro comercial, pelo museu da arte, pelo Heritage 1881 (um hotel e centro comercial de marcas de luxo, sito num antigo belo edifício governamental)

Clock Tower

Hall exterior do Heritage 1881

Uma bonita arvore no centro do Hall exterior do Heritage 1881 (poucas arvores se podem gabar de ter um "vaso" com mais de 10 metros de altura)

Herritage 1881 3º piso exterior (sim, tem um enorme jardim com palmeiras no terceiro andar)

Overview do Heritage 1881

Entretanto a caminhada continuou e decidimos ir a pé até ao hotel para vermos o Night Market (sim, porque hoje ainda não tínhamos visto um único mercado! A caminho, por acaso passamos por um mercado de peixe, com imenso peixe e marisco vivo em minúsculos alguidardes prontos para serem eleitos para o jantar de qualquer freguês. Passamos também por uma rua com restaurantes macaenses e curiosos pratos típicos portugueses (como por exemplo: "Portuguese fried noodle w/ whole fish" ou melhor ainda "Portuguese curry fried rice w/ shreded chicken"). De seguida, já tarde e com as lojas a fechar passamos numa enfeitada rua comercial. Aqui vive se muito o natal!

Restaurante Macaense

Nathan's Road

Eventualmente chegamos ao Night Market: uma rua larga sobre populada com bancas e tendas a vender tudo o que se possa imaginar: roupas, carteiras, telemóveis, posters, brinquedos, artigos electrónicos e tudo o que mais se possa imaginar! Sinceramente não achei nada de especial, mas se calhar já era o cansaço a falar. Mas sem duvida seria o sonho ideal da minha queria avó! (alguém que lhe mostre isto!) E para variar, não há fotos para ninguém! Fica a da entrada:


Por fim, chegamos ao quarto e depois de um banho ainda vos viemos brindar com este post cheio de fotos! Porreiro pah!

Até à proxima!



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