sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Dia 23 - Viagém para, e um cheirinho de Mancora

Dia 23 - Mancora

Invariávelmente acordei cedo, mas desta vez não para trabalhar, mas sim, para apanhar um voo para Mancora, com escala em Lima. Um iogurtinho e uma fatia de bolo que tinha comprado na noite anterior foram o pequeno almoço expresso que tomei antes de apanhar o táxi para o aeroporto.


Tudo a correr bem, apesar do voo ter saído algo atrasado. Tive a sorte de ter um lugar na porta de emergência, ou seja um lugar super espaçoso! Acho que nunca tive tanto espaço para as pernas nos diversos voos que já fiz! Chegámos tarde a Lima, e a ligação era curta. Para piorar, nos voos de ligação, temos que literalmente sair do terminal, no lado das chegadas (sim, ir mesmo para a rua!) e voltar a entrar no lado das saídas. Não que seja longe, mas é um sistema pouco eficiente. Demorei muito tempo e fui literalmente a última pessoa a embarcar para Talara! Ufff, que stress! Mas tudo acabou por correr bem!
Antes de continuar, queria deixar uma pequena nota. Tenho voado com a companhia aérea Latam, e tenho pago sempre um extra para ter direito a mala de mão até 10kg e com dimensões ligeiramente maior, mas nunca houve controlo nesse sentido, pelo que poderia ter poupado algum dinheiro nesse sentido... vamos ver como corre o último voo, desta vez sem bagagem extra! Fingers crossed!
Chegando a Talara parece que cheguei ao deserto! Uma imensidão de terreno árido, pouca ou nenhuma vegetação, tudo em tons de amarelo pálido que quase fere a vista, com dezenas de perfurações e bombas de petróleo e moinhos éolicos que se estendem pelo horizonte.


Seguimos cerca de 70km para norte até Mancora, e o cenário pouco ou nada mudavam para além de uma ou outra pequena aldeia pelo caminho. Até que chegámos à orla costeira, onde o deserto e o mar se encontram e trazem alguma graça à paisagem! Estão cerca de 33 graus de um calor algo húmido que já não estou habituado!


Chegámos, deixamos as nossas coisas numa casita local (e baratinha) a cerca de 1km do centro e sem grandes condições (a porta da rua não fecha bem, e é o que mais me aflige, as redes mosquiteiras têm buracos onde consigo enfiar um dedo, e o tecto é feito de telhas de fibrocimento e telhas plásticas transparentes fazendo desta casa um forno!) E seguimos para a primeira boteca que servisse comida! Tallarines de queijo e um seco de cabrito (cabrito guisado, arroz, mandioca cozida e salada). A porção era curta, mas por pouco mais de 2€ não podia reclamar!


Comprámos água e um geladinho e seguimos para a praia. Praia longa e bonita com um braço de água paralelo à mesma. Pena esta praia estar tão suja, tanto de restos de canas e pedras, como garrafas, latas, fruta etc. Apesar dos milhentos sinais de "ajudem a manter a praia limpa" a mesma encontrava-se imunda. Um pouco triste, na verdade.


Seguimos então em direcção ao centro por entre ruas de terra, até chegarmos à rua principal onde seguimos caminhando até ao centro. Já era de noite e não deu para ver a praia, mas deu para caçar uns bancos onde se pudessem fazer levantamentos sem taxas (a maior parte deles cobravam 25 soles, quase 6€ por levantamento, GATUNOS!), dar uma vista de olhos nas bancas de artesanato local, fruta, roupas, tudo! Todo o centro é uma feira! Uma curiosidade, quanto mais viajo, mais turistas vejo!

Jantei um bife (?!) de peixe espada grelhado, bem condimentado com batata frita, arroz e salada que me encheu as medidas apesar de não ser o que estava à espera. E seguimos viagem até casa. Quase a chegar reparo que me esqueci da minha mochila pequena no restaurante... momento de panico!!! Apanhei um tuktuk para trás e lá estava  mochila! Bendita honestidade peruana! Segui então novamente a pé até casa numa noite agradável, para encontrar uma casa bem quente... o barulho da ventoinha na velocidade máxima não me impediu de dormir... estava de rastos!

















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