domingo, 30 de janeiro de 2022

Dia 37 - Paracas, Ica e Huacachina

Dia 37 - Acção Milão!

Acordei cedito, deu para tomar o pequeno-almoço e escrever um pouco do blog antes de seguir viagem rumo a Paracas, uma reserva natural numa península desértica, habitat natural de várias espécies, desde pinguins, a leões marinhos, raposas, flamingos e milhentas aves!


O tour foi feito de carro, com um casal Peruano com um filho novo. Malta porreira. Parámos em vários miradouros, mas nunca podemos descer até às praias devido a restrições de Covid/Tsunami.


Vi alguma passarada, incluíndo flamingos e cormorans (corvos marinhos), uma ave que em voo mergulha a pique na água enquanto caça. Passámos também pela praia vermelha, uma praia, com entrada proibida, visto que a sua areia vermelha é rica em óxido de ferro que se acumula lá devia à erosão da encosta à sua frente, sendo a erosão um processo muito lento, a areia da praia não se iria repor a velocidade suficiente para manter aquela coloração com a simples afluência de pessoas à mesma.



Já vi muito disto, mas praia e deserto 2 em um é algo que ainda não me habituei!


Paramos então para um almocinho à beira mar antes de seguir viagem. Um peixinho grelhado com batata frita e arroz. Não estando mal, não foi nada de especial, e pior para um porto de pesca artesanal!



Hora de seguir viagem para Ica e arredores, para a próxima paragem da nossa viagem: a distilaria Nietto, nos arredores de Ica, onde tivemos direito a uma prova de vinhos, licores e aguardentes, por outras palavras, o aquecimento para o que estava para vir!


A experiencia foi simples, agradável e divertida com breves explicações entre as bebidas mas a um paço algo acelerado de maneira a que a actividade poderia durar um pouco mais tempo. De notar que numa zona desértica, com rio e rodeada de vinha, enquanto bebíamos, os mosquitos comiam-nos! Interessante o mosto ser fermentado e (ligeiramente) envelhecido, tradicionalmente em jarras cerâmicas, ao invés das barricas de carvalho que conhecemos em Portugal.

Próxima paragem: uma palmeira com sete copas. Alegadamente um fenómeno que apensas é conhecido em dois pontos: Peru e Egipto, onde uma palmeira entra e sai da terra tendo várias copas e troncos que serpenteiam pelo chão, trazendo a alcunha de  Serpente de Sete Cabeças.



Antes de seguirmos até ao deserto ainda tivemos direito a uma paragem no jardim das bruxas, um jardim com várias estátuas de bruxas, muitas lojas e bancas de bruxaria e artes ocultas. Um local algo bizarro e altamente turístico, onde alegadamente em tempos as bruxas se reunião e escondiam quando estas tinham a cabeça a prémio.


Chegando a Huacachina, um pequeno oásis, originalmente natural, mas que nos dias de hoje requer que a sua água seja reposta para não secar, fiquei impressionado com a grandeza daquelas dunas, e talvez ainda mais com a sua extensão, não ficando em nada atrás da zona de Merzouga do Deserto do Sahara que visitei.

Fomos então dar uma volta de buggy pelas dunas, que acabou por ser realmente divertida e emocionante, como se de uma espécie de montanha russa no deserto se tratasse! O pisco que o pessoal bebeu manteve-se dentro de todos os estômagos! Ou seja... missão cumprida! Atividade deveras divertida e que recomendo a todos!



Seguiu-se então uma breve sessão de sand-boarding, o primo do snowboarding, mas na areia, que acaba por deslizar substancialmente menos, e afundar mais, pelo que apesar de divertidita... esperava bastante mais!



Por fim esperámos que o sol se pusesse por detrás das dunas mais longínquas! Grande por do sol!

Voltámos então para Huacachina, onde os meus companheiros de viagem seguiram, e eu fiquei por lá em busca de alojamento! Encontrei um hostel muito porreiro, onde prontamente me banhei para refrescar os escaldões com que fiquei após um dia em aventuras ao ar livre! Curioso como o sol me queimou mesmo através da minha tshirt! Novidade para mim!

Jantei pelo hostel e aproveitei a noite para por o blog em dia e preparar o dia seguinte, na esperança de poder visitar as ilhas que tanto queria!


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