Dia 61:
Retomando o post anterior,
embarcámos num night bus de Siem Reap para Bangkok com partida às 2 da manhã. O
autocarro era tudo menos limpo e confortável, mas para nossa sorte, este estava
pouco lotado, o que fez com que cada um ficasse com dois lugares para si. Mal e
porcamente deu para dormir cerca de 3 horinhas até à fronteira. Tivémos que
fazer um compasso de espera porque a fronteira só abria às 6 horas. Depois de
uma hora de burocracias estávamos novamente em solo tailandês, onde um novo
compasso de espera nos esperava. A restante viagem foi feita, não num night bus
como anunciado, mas numa mini van lotada, o que não foi muito agradável. Por
volta do meio-dia chegámos a Bangkok, a capital da Tailândia, que nos acolheu
com o calor intenso que a caracteriza.
Em tom de curiosidade no posto
fronteiriço tailandês, havia uma funcionária exemplarmente fardada, que,
aparentemente, apenas tinha como função matar as inúmeras melgas que estavam na
sala com um enorme mata-moscas eléctrico. Fez me lembrar os muitos mini
mercados e lojas de conveniência que vimos no norte da Tailândia com mais funcionários
que clientes, sendo que desta vez a senhora sempre tinha que fazer.
Exaustos após extenuante viagem,
fizemos check in no hotel, demos uma pequena volta pela Khao San Road (bem
perto de onde ficámos), arranjámos as passagens para o Sul da Tailândia,
jantámos e fomos dormir cedo, porque queríamos acordar bem cedo no dia
seguinte.
Dia 62:
Acordámos cedo e após o
pequeno-almoço seguimos directamente para o Grande Palácio para tentar evitar
as multidões. Para nosso infortúnio já lá estava imensa gente, especialmente
grande grupos (tours) de asiáticos. No caminho ainda encontrámos alguns
militares e algumas barricadas com arame farpado: sinais das manifestações que
têm vindo a ocorrer desde Dezembro. Os edifícios em si são soberbos, arriscaria
dizer sem igual, mas muitos dos interiores têm o acesso vedado ao público. A
meu ver, a relação área visitável/preço cobrado não é muito simpática, tal como
o palácio real do Camboja (Phnom Penh). Aqui a entrada são 500 Baht, quase 12€,
e dá acesso a todo o complexo visitável, que acaba por ser apenas o Wat Phra
Kaew e alguns museus (destaque para o museu dos têxteis criado pela actual
rainha e ao museu dos tesouros reais).
O Grande Palácio está dentro de
muralhas, num extenso complexo com centenas de edifícios, que em tempos, além
de ser a residência da família real, também alojava um complexo de templos e
vários quartéis e edifícios militares. Hoje em dia o Palácio Real não é
habitado e encontra-se interdito ao público, sendo esporadicamente aberto para
cerimónias oficiais; alguns edifícios transformaram-se em ministérios, outros
em museus e outros mantiveram-se sob a alçada militar. O complexo de templos
tendeu a desenvolver-se e a crescer. Este complexo incluí um dos templos mais
famosos do país: o Wat Phra Kaew, também conhecido como o templo do Buddha
Esmeralda, visto albergar uma estátua de Buddha feita de uma enorme peça única
de jade que já correu grande parte do Sudeste-Asiático entre guerras e viagens
ao longo dos últimos séculos. Esta estatueta foi criada pelo antigo Reino do
Laos, num território que actualmente pertence à Tailândia e viajou por Chiang
Mai, Luang Prabang e Vientiane antes de ter sido “conquistada” pelos
Tailandeses.
Sem mais, deixo algumas fotos:
O resto do dia não foi bem aproveitado. Devido ao calor que se fazia sentir (38º) acabámos por não ir visitar o maior mercado da cidade nem a China Town. Outras coisas que ficaram por visitar foram: o Nahm (um dos melhores 50 restaurantes do mundo, mas com preços muito acessíveis para o seu estatuto) e os roof-top bars com a sua afamada vista sobre a cidade.
Overview do complexo de templos
Pormenor dos frescos nos muros que cercavam todo o complexo
Paredes insanamente ornamentadas #1
Paredes insanamente ornamentadas #2
Wat Phra Kaew (lateral)
Wat Phra Kaew (frontal)
O Grande Palácio
Todo o complexo do Grande Palácio visto da rua
O resto do dia não foi bem aproveitado. Devido ao calor que se fazia sentir (38º) acabámos por não ir visitar o maior mercado da cidade nem a China Town. Outras coisas que ficaram por visitar foram: o Nahm (um dos melhores 50 restaurantes do mundo, mas com preços muito acessíveis para o seu estatuto) e os roof-top bars com a sua afamada vista sobre a cidade.
Dia 62:
Este dia apesar de muito
agradável não tem grande história. “Contra nossa vontade”, acabámos por, sob
pressão extrema, comprar o restante package para o resto da Tailândia, ficando
os destinos estipulados Ko Tao, Krabi e Ko Phi Phi. O preço não foi bom [8500
Baht, cerca de 190€ a cada um por transportes de Ko Tao para Krabi
(barco+bus+barco), barco de Krabi para Ko Phi Phi (ida e volta) e transporte
até à fronteira (barco+bus+comboio)] e subiu-nos em muito o nosso orçamento.
Acabámos por optar por esta solução para não perdemos tempo em planeamentos,
viagens, transfers (por nossa conta), etc. No fundo, “o tempo é dinheiro”, e
nós comprámos tempo a peso de ouro!
A tarde foi passada com o Adam, o
tal professor inglês/australiano que está a viver na Tailândia há mais de 10
anos. Tempo esse que lhe trás manhas e conhecimentos que o comum dos turistas
nunca teria acesso. Almoçámos e passámos a tarde a beber cerveja e a conversar
num restaurante/jardim à beira de um canal para fugir ao calor e à confusão
citadina. O engraçado é que este restaurante ficava a escaços minutos a pé das
maiores avenidas da cidade, e o acesso feito através de uma pequena mercearia e/ou
casa particular, levou-nos a um jardim fresco (comparado com a cidade) e
tranquilo em antagonia a tudo o que o rodeia! Fez-me lembrar o tranquilo cafezinho
que encontrámos em Hanoi.
Por volta das 7 horas apahámos um
(SUPER) confortável comboio nocturno (incomparável com qualquer night-bus) até
Chumphon, viagem que durou cerca de 10 horas. Em Chumphon seguimos até ao cais
onde apanhámos um barco até Ko Tao (3 horas), onde nos encontramos de momento.
Antes de mais peço desculpa pela demora e pelos posts, algo em diferido, mas desde Angkor que temos tido pouco tempo e más nets. Em Bangkok foi onde tive mais tempo e deu para adiantar tudo o ficou para trás de Angkor. Agora em Ko Tao, não é fácil ter acesso a nets decentes e para por uma fotografia on-line é complicado... Para mais novidades sobre a
primeira paragem que em tudo se associa ao cliché do paraíso tropical/ilha de
sonho vão ter que esperar até ao próximo post! Lamento.
Até já!
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