quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Dia 71, 72, 73 e 74 - Ko Phi Phi (e viagem para Malásia)

Dia 71:

O dia começou cedo com os transportes: começámos por um camião que nos apanhou no hotel e nos levou até ao cais de Ao Nang, onde apanhámos um barco que nos levou até ao nosso destino: as famosas ilhas Phi Phi, consideradas o Shangri-la da Tailândia: o paraíso onde os turistas podem apreciar as bonitas praias de areia branca e mar turquesa e os pitorescos longtail boat junto às escarpas calcárias cobertas por verdejante vegetação. 

A nossa visão da ilha, vista do barco

Chegámos a Phi Phi Don por volta da 1h da tarde sob intenso calor. Com tanto calor era dispensável uma recepção calorosa no hotel. E assim foi: fizemos o check in sem sequer nos olharem na cara ou trocar mais do que 2 ou 3 palavras. Nem somos muito de nos importar com estas coisas, mas o recepcionista era mesmo rude! Descarregámos as bagagens no quarto, vestimos o fato de banho e agarrámos nos snorkels: estava na hora de explorar as águas da ilha. Informámo-nos onde era bom mergulhar junto à costa e seguimos. Na verdade a visibilidade estava péssima com muita areia levantada e muitos barcos a passar, pelo que este mergulho ficou a milhas dos nossos elevados standards actuais.

O spot do mergulho (snorkel)

Depois do mergulho demos uma volta pela ilha para conhecer as redondezas. Deu para tirar alumas fotos e sentir um pouco da vida da ilha. Até tivemos o privilegio de assistir à final da taça das Phi Phi!

Numa terra onde não há estradas nem carros, as ambulâncias são caddies de golf!

O jogo estava ao rubro!

O resto do dia foi dedicado às inevitabilidades do costume: compras, refeições, dormir e a por o blog em dia! Infelizmente estes últimos dias, se não semanas têm sido muito preenchidos e o tempo não chega para tudo. E de facto, com poucas novidades, não há tantas visitas no blog. Lamento pessoal! :(



Dia 72:

Este foi um dia à turista clássico, com um tour que durou de manhã à noite! Além do obrigatório dia de mergulho que acabou por se tornar algo mais, como um Advanced Oper Water Diver Course, tínhamos dois pontos referenciados como imperdíveis nas Ko Phi Phi: Phi Phi Leh, a ilha da afamada Maya Bay (palco do filme “The Beach”) e a Ko Mai Phai, também conhecida como a Bamboo Island devido ao seu extenso areal e bom spot para snorkeling. O package com almoço e pequeno-almoço ficou-nos por 600 Baht (cerca de 13€) mais 100 Baht (cerca de 2€) de entrada no parque da reserva marinha. Um total de 15€ por um dia inteiro (das 9h às 19h) com duas refeições, é sem dúvida muito barato, e em termos de qualidade preço foi das melhores actividades/tours que ingressei nesta viagem.
Após um pequeno-almoço num restaurante junto à praia na ilha principal (Phi Phi Don), seguimos para o barco que estava parado no areal mesmo à nossa frente.

Tomámos o pequeno-almoço com o olhar atento sobre a nossa embarcação

A nossa primeira paragem foi na baia em frente da Monkey Beach, onde fizemos snorkeling (incríveis as cores, dos peixes e dos corais, as formas e a visibilidade destas águas!) e nadámos até à costa em busca dos famosos macacos! Encontrámos um simpático macaquinho sentado numa rocha à beira mar. Sentámo-nos em seu redor a observá-lo antes de voltarmos para o barco.

Todas as ilhas eram rodeadas por enormes escarpas calcárias

Monkey Beach

A nossa paragem seguinte foi a Mosquito Island, onde almoçámos e fizemos snorkeling. Desta vez vimos imensos peixes coloridos, muitos mais do que antes devido ao facto do capitão ter atirado arroz para o mar, para que nós pudéssemos assistir ao louco frenesim dos esfomeados peixes! Foi muito engraçado!

As límpidas águas da Mosquito Island

Por incrível que pareça um dos nossos pontos optimamente referenciados acabou por ficar uns  bons furos a baixo das anteriores paragens. Estou a falar da Bamboo Island. Uma enorme praia, provavelmente o maior areal das Ko Phi Phi estava repleto de gente a torrar sob o imenso calor. Aqui as águas, mais turvas, mais sujas e mais preenchidas, tanto com barcos como pessoas prejudicaram um pouco a qualidade do snorkeling. Todavia, a ilha é lindíssima, passando do azul do mar, para o branco areal, terminando com o verde da floresta (de pinheiros) que cobre o interior da ilha. Curiosidade: não vi nem um bamboo.

Uma bonita visão da Bamboo Island

Uma não tão bonita visão da mesma

Rumámos então a Sul em direcção à Phi Phi Leh. A caminho parámos na Monkey Island onde se encontravam alguns macacos à beira mar. Depois de se atirarem algumas peças de fruta, hordas de macacos desceram das escarpas e das árvores rumo a rochosa praia na esperança de obterem algum alimento com pequeno esforço. Poucos foram os afortunados. Foi engraçado estar tão perto de tantos macacos. Perto o suficiente para um deles se agarrar à perna de um turista a rosnar por comida!

A horda de macacos marchava vigorosamente rumo à costa

Muitos pretendentes para as poucas refeições disponíveis

Passámos pela Viking Cave, sem saber nada sobre a mesma, pouco mais aparenta ser do que uma gruta cheia de canas. Fica a foto:


Com o sol a baixar, a anunciar a nossa chegada ao nosso destino final (May Beach), ainda tivemos tempo para uma paragem, e porque não, um mergulho na Maya Bay.


Por fim, já com muita sombra chegámos à nossa última paragem: a famosa Maya Bay, na Phi Phi Leh, uma bonita ilha não habitada que é reserva natural. Não querendo desapontar as pessoas, como em tudo ou quase tudo, a beleza e o interesse por algo são destruídos pelas multidões que por alí passam e deixam a sua marca. Tal como a Bamboo Island, o sentimento foi semelhante devido ao igualmente preenchido e mais pequeno areal.

Overview da concorrida Maya Beach

Com o sol a baixar, as pessoas iam deixando a praia, dando uma imagem um pouco mais agradável

Sem surpresas pela beleza da praia e ainda menos pela multidão que a preenchia, o que me surpreendeu foi outra coisa. Para meu espanto, contra todas as odes, quem é que eu encontro, ou melhor, quem é que me encontra, no outro lado do mundo, na Tailândia? A Bárbara, uma colega de faculdade que não via há meses. Um insólito e agradável acaso, ou como a alguém me disse: “O mundo é simplesmente um grande T0”!



No regresso a Phi Phi Don, no barco ainda deu parar tirarmos umas boas fotografias do por do sol.


Jantámos e que nem uns bons alunos seguimos para o quarto para preparar as aulas de mergulho (teoria) do dia seguinte.



Dia 73:

Acordámos cedo, ainda cansados do dia anterior e seguimos para a escola de mergulho para iniciarmos o caro (cerca de 240€ aqui nas Phi Phi, face aos menos de 200€ de Ko Tao, ou cerca de 400€ em Portugal), mas inevitável curso avançado de mergulho (Advanced Open Water). Isto de facto é um vício! Pode parecer parvo, ou não, mas no fundo sinto me como uma criança a dar os primeiros passos; o entusiasmo de descobrir todo um mundo novo é incrível desde as cores, às formas, até mesmo a toda uma forma nova de locomoção e obviamente respiração… Entusiasmos à parte, continuemos!

Infelizmente não pudémos mergulhar num antigo navio afundado nos arredores da ilha, então seguimos para sul, para as águas em redor de Phi Phi Leh, a ultima ilha que visitámos no dia anterior. Em termos de mergulhos técnicos fizemos o de profundidade e o de navegação. Em termos práticos, vimos muitos peixes, corais, algas, etc; entre os quais uns pequenos tubarões de pontas pretas (pouco mais de um metro). Mergulhámos junto a um enorme escarpa calcária que se estendia pelo fundo do mar até cerca de 30 metros de profundidade. Aqui encontrámos toda uma parede coberta por fauna e flora marinha que podia ser envidraçada e tornada um fantástico aquário. É incrível como é que há coisas assim… Não há fotografias e é uma pena, mas há coisas que não consigo descrever; como tal sugiro que quem tenha oportunidade experimente fazer mergulho! Open Water, Try Dive, Adventure Dive, comecem pelo que quiserem, mas experimentem!

Findos os mergulhos matinais, regressámos à cidade ao início da tarde, onde só tivemos tempo para almoçar, preparar o mergulho nocturno e descansar um pouco antes de seguirmos para o cais.

O mergulho nocturno foi incrível! Dizem que é um pouco assustador, talvez o seja, mas acho que estava demasiado empolgado para ter medo de qualquer coisa que pudesse vir da escuridão que me rodeava. Em termos de animais, vimos vários chocos, moreias, um enorme caranguejo eremita, o venenoso peixe leão e muitos outros peixes adormecidos. Mas para mim o melhor foi o plâncton luminescente! Parámos e ajoelhámo-nos a cerca de 12 metros de profundidade, no fundo de areia e desligámos as lanternas. Primeiro foi a escuridão total que teve lugar; após a mesma com o agitar as águas começámos a ver o plâncton luminescente a emitir luz esverdeada e quanto mais se agitava a água, mais se luz se fazia! Totalmente incrível, numa de citações, como alguém me disse: “é como brincar com as estrelas”. Antes de acendermos as luzes, os nossos olhos já se tinham habituado à escuridão e já víamos alguns contornos na escuridão submarina. Uma experiencia incrível! Dos mergulhos que mais gostei!

Chegámos a terra cansados e esfomeados. Jantámos à pressa e preparámos as aulas do dia seguinte: flutuação de alta performance e mergulho multi-nível (computer).



Dia 74:

O acumular de muita actividade e pouco descanso dos últimos dias fazia-se fortemente sentir por volta das 6 da manhã, aquando do nosso despertar. Comemos um completo e indigesto pequeno almoço americano, onde o pão foi a melhor iguaria, mesmo não sendo nada de mais. Seguimos então para o cais, rumando então para as mesmas paragens do dia anterior.

No caminho e ainda mais, quando parámos para mergulhar, a agitação do mar fez se sentir em força. O estomago não estava bem e a ondulação não ajudou. Felizmente, dentro de água e ainda mais no fundo, tudo ficou mais calmo! Mais dois mergulhos técnicos dos temas preparados na noite anterior. Sem grande descrição possível do que vimos, ficam só alguns espécimens que vimos: vários tipos de camarão, uns deles enormes, os estranhos peixe camarão, moreias, peixe escorpião, etc. Mas a grande estrela foi a tartaruga marinha! Não há animal mais gracioso a nadar nestas águas! Incrível!

Findo mais um dia de mergulho, mais um curso de mergulho, mais uma ilha, mais um país, só precisávamos de almoçar entes de seguir viagem! Comemos pizza e trouxemos alguma para a viagem. Ou era este o suposto porque com a confusão da entrada no barco acabámos por deixar o nosso lanche algures. Esperemos que alguém tenha feito bom proveito!

Sem grande percalços, a viagam entre Phi Phi Don e Krabi durou cerca de 3 horas. Depois seguimos num SUPER-lotado (arriscaria dizer, mais e pior do que a viagem entre o Laos e o Vietname) camião até ao terminal dos autocarros (ainda bem que a viagem foi pouco mais de 15 minutos). No terminal aguardámos um pouco e seguimos para um também superlotado autocarro durante mais 3 horinhas até Surathani. Em 8 lugares iamos 12 pessoas, felizmente tudo malta boa onda que gosta de ser rir das desgraças e percalços de viagem. Chegámos ao nosso destino por volta das 21h30 e só tinhamos comboio para a Malásia 4 horas depois. Aqui tivemos tempo para jantar (caro e mau, mas com wifi até fechar, às 23h), escrever um pouco no blog, descansar, conversar um pouco com amigos e família, ser devorado por melgas, até dormir, jantar novamente, etc. Antes de apanharmos o comboio tivemos tempo para fazer tudo num fim do mundo sem nada para se fazer.

Por volta da 1h30 da manhã chegou o nosso comboio que nos levaria até Butterworth numa jornada de mais 12 horas. Felizmente o comboio tinha camas e deu para descansar um pouco, se bem que dormir em transportes públicos nunca é a mesma coisa.

O destino para os próximos (3-4) dias é Penang, uma grande ilha no noroeste da Malásia, de onde, em breve espero dar novidades. Quiçá em directo e mais frequentes.

Espero que gostem, e mais uma vez peço desculpa pela demora e falta de fotos!

Inté!



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