segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Dia 49 e 50 - Dalat e viagem para Ho Chi Minh

Dia 49:

(In)Felizmente o horário do autocarro (que se revelou ser uma Ford Transit) que nos levaria de Nha Trang a Dalat, sofreu uma mudança das 7h para as 11h da manhã, acabando por arrancar apenas depois do meio dia. Aproveitámos a manhã para descansar e planear os próximos dias. Para compensar, a viagem que supostamente levaria 5 horas a concretizar, ficou em metade do tempo graças às altas velocidades e ultrapassagens loucas nas curvas das estradas montanhosas do interior do Vietname. Durante a viagem continuámos o planeamento e após cuidada análise, com muita pena nessa, deliberámos excluir o Myanmar do nosso percurso. O tempo disponível para as restantes paragens já não é muito e a correria dos últimos dias tem prejudicado bastante o disfrutar de cada local.
Chegados a Dalat, esfomeados, almocámos num restaurante paredes meias com a paragem de autocarro. De barriga cheia decidimos procurar a Crazy House, um edifício de arquitectura arrojada e pouco convencional que representa um ambiente entre a Rua Sésamo e a Alice no País das Maravilhas retratado por um híbrido entre Gaudi e Salvador Dali. Mas isto digo eu que não percebo nada disto! Não me alongo mais e deixo uma boa quantidade de fotos para que possam identificar o estilo arquitectónico aqui presente.
Com alguma sorte e engenho, para nosso deleite conseguimos reservar um dos nove concorridos e únicos quartos da Crazy House. O nosso quarto era todo irregular em todos os sentidos. Uma cama perfeitamente encaixada na parede, um guarda fatos, uma lareira, um sofá e uma mesa de madeira preenchiam o pequeno quarto (térmita). Com muita pena nossa, a estadia resumiu-se apenas uma noite devido à nula disponibilidade. Dedicámos a tarde a explorar a louca, incrível e labiríntica propriedade.

Um lamiré do que nos esperava...

Os edifícios parecem cavernas

E casas de histórias fantásticas...

Montanhas ocas quase rasgam os céus

Um dos edifícios mais recentes ainda está em construção, mas de fora nem parece...

Uma pessoa perde-se aqui!

Na selva...

Nas alturas...

Em todo o lado!

A vista da cidade ao longe.

Mais uma perspectiva...

 Um jardim no segundo andar (ainda em obras)

As alturas em conjunto com as estreitas passagens e os corrimãos, por vezes metiam medo!

Uma pequena pausa nas incontá

veis salinhas perdidas pela propriedade eram ineveitaveis.

A natureza e a obra humana "vivem" em harmonia.

Um caricato jardim

A janela das traseiras da colmeia.

A mistura de temas e motivos é incrivel!


O antigo pinheiro cresce por dentro da construção que  por sua vez também está a crescer.

Uma espreitadela nas obras dá uma ideia do que ai vem!

O nosso quarto.

Ao fim da tarde encontrámo-nos com o simpático casal franco-brasileiro, que conhecemos em Vinh/Hanoi, para jantar. Marcámos mesa para as 8h, mas só por volta das 9h é que sentimos o gosto da comida. A fome foi bem disfarçada por uma troca da historias de viagem e por umas bia Saigon. O jantar foi ok e a conversa estendeu se num agradável serão. O percurso num futuro próximo destes companheiros de viagem é semelhante nosso, pelo que entre Camboja/Tailândia/Malásia combinamos encontrar-nos assim que as datas e os destinos coincidam.



Dia 50:

Acordámos cedo com o barulho dos enormes grupos de turistas que por volta das 8h marchavam e entoavam cânticos de guerra sobre o quarto da térmita. Provavelmente o único ponto negativo deste caricato hotel. Dito isto valeu totalmente os modestos 35 USD pela, diria, experiência única.
Planeamos com algum pormenor os próximos dias em termos de destinos e orçamentos (que vocês tanto adoram). Arrumámos as malas perante a impossibilidade da extensão da nossa estadia.
Com muitos quilos às costas, seguimos em busca de um meio de transporte que nos levasse a Ho Chi Minh (antigo Saigão). A busca não foi nada fácil. Muitas agencias de viagem fechadas e as poucas abertas não tinham vontade de ganhar dinheiro. Eventualmente conseguimos os bilhetes por menos de 8€ a cada um para uma viagem nocturna de 8 horas num sleeping bus, valor em conta só por si, mas mais ainda dado ser o ano novo chinês (Tet), que causa escassez de oferta e inflaciona brutalmente os preços.

De consciência tranquila, barriga vazia fomos almoçar. Satisfeitos, demos uma volta pela cidade e sem muito para ver/fazer, passámos a tarde entre um parque à beira rio e uma esplanada enquanto esperávamos pelo autocarro nocturno  para Ho Chi Minh.



Escrevo-vos, ou pelo menos publíco isto já de Ho Chi Minh, devido a diversos problemas técnicos: internet lenta, pc pior ainda, telemovel pouco prático, etc. Peço desculpa por qualquer erro ou formatação deficiente, mas está se a tornar complicado fazer e publicar um post!

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