sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Dia 64, 65, 66, 67 e 68 - Ko Tao (mergulho e copos)

Dia 64:

Retomando o post anterior, complemento a viagem de Chumphom até Ko Tao com algumas fotos que valem a pena. O bom de fazer viagens nocturnas e de madrugada é o fresco e a inevitabilidade de apanharmos o sol a nascer!

Nascer do sol visto do barco


Na chegada a Ko Tao deparámo-nos com uma ilha um pouco maior do que esperávamos, ainda assim pequena (cerca de 20km de perímetro) e muito verde, com “bolhas” de edificações junto à costa e à beira das poucas estradas que percorrem a ilha. Ko Tao significa Ilha da Tartaruga (devido a, em tempos, ser palco da desova das tartarugas marinhas) e é habitada permanentemente por cerca de 2000 pessoas que têm como sustento a agricultura e o turismo. A ilha é famosa por ser a Mecca dos mergulhadores, visto ser uma ilha com muito bons spots de mergulho e várias escolas de mergulho da PADI com preços acessíveis (o certificado de Open Water Diver (18m) engloba aulas práticas (piscina e mar) e teóricas, ficando por cerca de 220€ com alojamento incluído durante 4 dias).



Na chegada à ilha deparámo-nos com águas incrivelmente transparentes e mesmo no cais cheias de diversos peixes coloridos que se viam perfeitamente do barco e do cais. As expectativas cresceram imenso!

Seguimos até ao nosso resort de mergulho (Buddha View), do qual irei tecer algumas considerações mais adiante. Fizemos check in e tivemos algum tempo livre para procurar uma praia e apanhar um inevitável escaldão. Sem dúvida que as praias não são o ponto forte de Ko Tao: pouca areia, muitos bares mesmo em cima da praia (sobre estacas) retirando preciosos metros de areia, a água está cheia de barcos ancorados mesmo ao pé da costa. Por outro lado, para quem gosta de corais e conchinhas, este é um bom sítio por haver em grandes quantidades para cortar os pés, ver, escolher, levar e ainda deixar alguns para cortar os pés do turista seguinte. Perdoem me algum exagero. Fica a foto para tirar dúvidas.


O resto da tarde foi passado em sala de aula onde tivemos uma introdução ao mergulho, como iria ser o curso, o que e quando iriamos fazer. Á noite fomos a um restaurante de BBQ semelhante ao do Laos ou ao Khmer, mas desta feita tinhamos que experimentar o Tailandês. Já começamos a saber jogar a isto!



Dia 65:

Este e os seguintes dias não têm muito que contar, porque foram passados essencialmente em aulas. Começamos bem cedo as aulas teóricas e passámos a manhã nisto. Algo impensável para quem está de férias numa ilha tropical, certo? Em Ko Tao é assim. É engraçado como toda a gente que vai para a ilha está ligada ao mergulho, seja proessor, aluno, fotografo, o que for.

Almoçámos e perdemos algum tempo a tentar resolver alguns problemas logísticos por causa de erros nas datas das nossas reservas para Ko Tao e Krabi. A tarde foi passada na piscina... mas não foi para relaxar! Fizemos alguns testes físicos e estivemos a aprender e treinar alguns skills para nos habituarmos ao material, a respirar de baixo de água, controlar a nossa flutuabilidade, alguns procedimentos de emergência, etc.

À noite (leia-se 18h) já tinhamos um dos nossos instrutores a pagar-nos um shot (chamado diver on acids) para comemorar o baptismo de mergulho na piscina e tal. Foi noite de abrir os cordões à bolsa e entre copos e um ganda peixe grelhado (por sinal delicioso) para o jantar gastar pouco mais de 8€. Os bares aqui têm um ambiente muito fixe e o pessoal é à maneira!

(Bar) Buddha on the Beach



Dia 66:

Mais uma manhã de aulas para terminar a teoria acabou por se estender mais do que devido a mazelas da noite passada (tanto em alunos como em instrutores). Almoçámos à pressa e seguimos de camião até ao cais, onde apanhámos um barco até Mango Bay para o nosso primeiro mergulho no mar. E entusiasmo era notório nas caras de todos!


Antes do mergulho propriamente dito tivemos que fazer uma prova física algo puxada. Consistia em nada em volta dos barcos ancorados até o instrutor mandar parar. De bónus ainda ganhámos alguma má disposição, não sei se do esforço, se da ondulação. Custou mas foi! Desta feita, montámos, calibrámos e preparámos o material para o nosso primeiro mergulho!

Mango Bay

Mergulhámos e descemos sempre a controlar a pressão e a profundidade agarrados a uma corda. As águas pouco profundas (como nos foram anunciadas) tinham entre os 6 e os 10 metros de profundidade. Vimos alguns peixinhos, alguns corais, mas nada de mais. Passámos cerca de 50 minutos submersos em fundo de areia a fazer diversos exercícios.

Ao fim da tarde cansados e famintos a terra e seguimos directos para jantar. Deitámo-nos cedo porque apesar da manhã livre tinhamos o exame final às 11h.



Dia 67:

Acordámos cheios de tempo para o exame tardio, comemos um bom pequeno almoço e fizemos o exame antes de seguirmos para o nosso primeiro verdadeiros mergulho!

Corey, era um bom instrutor, mas como fotógrafo deixa algo a desejar!


Preparámos todo o material e entrámos na água! Fizemos dois mergulhos de 30-40 minutos cada um (quanto maior a profundidade, mais ar se gasta), em volta dos 12 metros de profundidade, onde fizemos mais alguns exercícios. Mas de facto já vimos muito peixe e coral colorido! Não há fotos, e a experiencia não é de fácil descrição. Fantástico, incrível... nunca fui muito bom em palavras e mais do que nunca faltam me os adjectivos! Lamento esta minha falha! Mas pode ser que seja compensada com imagens mais tarde...

O resto da tarde e noite sem grande história foram dedicadas às inevitabilidades da lavagem de roupa, compras, jantar e dormir.



Dia 68:

Comemos um bom pequeno almoço (quem diria que sandes de pão integral com ovo estrelado queijo e tomate fossem tãoooooo boas pela manhã! Adiante... arrancámos para o cais por volta das 7h da manhã para os nossos últimos mergulhos em Ko Tao que iriam coincidir com o fim do nosso curso de mergulho (Open Water - até 18 metros).

Na chegada ao barco

Mais dois mergulhos, um primeiro nas Twins que já tinhamos mergulhado no dia anterior, mas desta vez vimos muito mais e maiores peixes, entre os quais uma garoupa com cerca de 1 metro (dentro de água parecia mesmo ENORME) e um enorme cardume de barracudas que passou por nós, ou talvez deva dizer que nos rodeou tal era a imensidão de peixes, eu diria milhares que passou por nós. Não sei bem precisar o tamanho deles mas diria que deveriam rondar o meio metro cada um... com uma arma, a espetada que o George não faria aqui... 

O segundo mergulho foi feito no Junkyard, um spot criado artificialmente com, no fundo, a fazer jus ao nome, lixo! Um carro, jaulas, mesas, cadeiras... tudo e mais alguma coisa que estando no funco do mar são óptimos locais para os corais se desenvolverem e os peixes procurares abrigo e alimento. Dito isto, aparentemente é uma boa ideia, mas não está a milhas do mergulho anterior. Durante este mergulho perdi-me do grupo e quando dei por isso, após colocar os procedimentos de emergência em prática, rápidamente encontrei o instrutor e voltei ao grupo (se alguém se perder, procura-se pela pessoa durante 1 minuto e volta-se à superfície).

Mais uma vez e mais do que nunca vi coisas que não consigo descrever em precisão, por isso para deleite dos interessados (incluindo nós próprios) fomos filmados durante o mergulho e comprámos o DVD com o video! Mais tarde, em Portugal podemos mostrar a quem quiser ou até, quem sabe por uns excertos aqui no blog!

Devido a mais problemas logísticos e erros nas marcações ou por parte do agente em Bangkok ou pela escola de mergulho tivemos que procurar um sítio para ficarmos a noite que faltava, visto estes estarem cheios (ainda esperamos por uma compensação que provávelmente nunca iremos ver). Achámos um dormitório porreiro e relativamente em conta. De seguida recememos os resultados dos exames. Todos passámos nos exames sem grande dificuldade. Apesar de muito fáceis, a nota mínima são 75%. Almoçámos e tratámos da papelada da nossa certificação de mergulho.

Para terminar em beleza (e baixo custo) comprámos uns snorkels e fomos mergulhar por nossa conta à beira da costa. Sem grandes pontos de referencia de bons spots nadámos e nadámos sem grande visibilidade nem nada de grande interesse até encontrarmos um enorme recife de coral cheio de peixinhos a escaços 25 metros da costa e a 2 metros de profundidade (maré vazia).

À noite rencontrámo-nos com os colegas e instrutores para festejar! Divertimo-nos imenso na nossa despedida de Ko Tao. No dia seguinte esperáva-nos uma grande viagem até Krabi.

Bons tempos se passaram em Ko Tao




Para finalizar, gostava só de tecer algumas considerações sobre a escola de mergulho Buddha View, que já me antes tinha sido recomendada por viajantes que conhecemos antes de cá virmos parar (além de estar citada no Lonely Planet). Sem me alongar muito a escola é muito boa, material, condições, etc. Os instrutores estão disponíveis para leccionar em vário idiomas (pelo menos Inglês, Japonês e Espanhol) e os livros estão disponíveis em todas as línguas que possam imaginar. O preço é um standard para toda a ilha e o mais barato do mundo visto toda a ilha se mover em torno do mergulho e a competição ser tão feroz: cerca de 220€. Por sorte ou por regra, os três instrutores que tive eram 5 estrelas: experientes, explicavam bem e tinham um poder motivacional incrível para motivar os alunos mais inseguros. Dito isto, o staff da recepção não é muito prestável e os quartos são maus, se não péssimos: muito quentes e sem água quente, o que é uma inevitabilidade perfeitamente suportável. Pior é não fornecerem nem lençóis, nem toalha, nem limpeza para os quartos onde ficámos. Para tudo era preciso pagar mais e mais e mais. Dito isto e apesar das más condições, acho que foi uma aposta de sucesso, visto ter ido lá para tirar o curso de mergulho e não para passar os dias no quarto. Ainda assim as condições estavam muito longe dos standards de limpeza e conforte que o Sudeste Asiático nos habituou. Dos standards europeus nem se fala.



Espero que tenham gostado e que tenha sido útil. Espero em breve ter tempo e net para vos dar novidades de Krabi!

Inté!




Sem comentários:

Enviar um comentário