sábado, 25 de janeiro de 2014

Dia 40, 41 e 42 - Halong Bay e viagem para Hué

Ora viva minha gente! Escrevo-vos depois de um belo cruzeiro de 3 dias em Halong Bay! Este sítio é dos mais bonitos por que passei: água verde, uma infinidade de formações calcárias com vegetação verdejante, grutas pouco exploradas, visto apenas serem acessíveis de barco. Estava um pouco de frio, mas nada que impedisse um mergulho a meio da tarde ou um kayak matinal. Deixo Halong Bay sem saber se é mais bonita a paisagem com o sol que ilumina as ilhotas revelando um pouco mais da sua beleza, ou o nevoeiro que com a distância se vai tornando mais denso, encobrindo as ilhotas, criando uma paisagem fantasmal. Acho que prefiro o segundo.
Ao invés de vos descrever as incríveis paisagens, vou me abster e deixo aqui uma generosa amostra das centenas de fotografias que tirámos.

Dia 40:
A noite foi irrequieta devido à hiperactividade dos nossos companheiros de quarto: dois ratos, ratões que não caíram nas nossas armadilhas acediam ao quarto (provavelmente) através do sistema de ar condicionado (no tecto), descendo e subindo pelos cortinados (NINJAS!). De manhã houve um mal entendido porque outros hóspedes (Sébastien e Mariana, um casal franco brasileiro) que tínhamos conhecido na viagem de Vinh para Hanoi tinha apanhado por engano o nosso pickup para Halong Bay. Muito prestavelmente o operador turístico resolveu a situação chamando um táxi que nos levou até ao autocarro que nos esperava à saída da cidade. A viagem até Halong Bay prosseguiu durante 3 horas numa agradável conversa com o Sébastian, que só naquele momento percebemos que falava português. Em Halong City separámos-nos porque estávamos em diferentes tours.

Acabadinhos de zarpar

Tirámos mais de 400 fotos... esta foi das primeiras

Quando o sol abria as fotografias ficavam melhores

Quando o nevoeiro levantava as fotos infelizmente não captavam bem o que víamos, mas ainda assim...

Ainda assim algumas ficaram muito boas!

Aqui também há praias perdidas! Uma das poucas exploradas, a maioria é deserta.

Cada enseada é mais bonita do que a anterior

Por volta das 13h embarcámos com 4 outros turistas: um jovem casal canadiano e dois australianos que já não iam para novos. Um pessoal porreiro que nos acompanhou ao longo dos seguintes dias. Almoçámos a bordo com um vista esplendorosa e navegámos para longe dos habituais e superpopulosos percursos de cruzeiros turísticos com uma paragem na maior aldeia flutuante da baia. Aqui vivem cerca de 800 pessoas que subsistem através da pesca, da piscicultura, da apanha de ostras e um pouco do turismo. Um aldeão veio-nos buscar num pequeno barco a remos para visitarmos a pequena localidade. Voltámos então para o barco (grande) e seguimos viagem até uma enseada onde meia dúzia de outros barcos ancorava para passar a noite. Jantámos, convivemos e até arriscámos uma pesca ao choco que é atraído pelas luzes dos barcos. Ainda deu para comer um choco à ceia.

A chegada à aldeia flutuante

Os mais novos marinheiros da aldeia já se aventuravam sozinhos

Uma gruta privada onde ocasionalmente se fazem festas. Infelizmente não pudemos visitar

Uma última foto do dia antes do sol se por.



Dia 41:
Os horários são um pouco estranhos para férias, aqui (para além do fuso horário) tudo é muito cedo: o pequeno-almoço é servido às 7, pelo que acordamos meia hora mais cedo. O almoço é servido por volta das 11h30 e o jantar por volta das 18h, de modo a aproveitar o maior número de horas de luz possível. As refeições eram boas, mas às vezes ficávamos com fome entre elas porque nada mais era servido. Restavam-nos as bebidas que aqui se vendiam. Muito poupámos nós os dois pacotes de bolachas que trouxemos.
Por volta das 8h já estávamos num kayak a explorar as ilhotas em nosso redor. Visitámos uma gruta onde inevitavelmente tive que chutar uma pedra e amassar e nodoa-negrar um pouco mais um dos dedos do pé. Voltámos ao barco e fomos até Bai Tu Bay, uma parte remota da extensa reserva natural de Halong Bay. Almoçámos, relaxámos um pouco (ainda deu para ver a incrível e emocionante caçada das águias pesqueiras) e voltámos ao kayak para explorar esta baia. Aqui fomos a uma enorme gruta, quase virgem em termos turísticos (até a guia e o capitão do barco nunca lá tinham ido). Sentimo-nos uns exploradores! Esta gruta era qualquer coisa. Estalagtites enormes, paredes calcárias super lisas e suaves ao toque, passagens muito estreitas, acessos difíceis, tivemos até que escalar um pouco. Tudo isto na total escuridão, apenas iluminado por lanternas (nota: lanternas de dínamo são muito giras, mas não têm potência suficiente). Numa categoria diferente, mas ao nível de Kong Lor! Um espectáculo!
Voltámos ao barco e era então hora da natação! Só eu e um australiano arriscámos um mergulho nas frescas águas do norte do Vietname. Dei uns mergulhos, nadei um pouco e voltei para o barco que então se dirigiu para o mesmo local onde passámos a noite anterior para jantar. O programa foi semelhante ao da noite passada, à excepção de dois factos: a pescaria que foi deveras pior e a temperatura foi superior graças ao vinho aguardente de coco que dividimos com os companheiros de viagem.

A baia onde passámos a noite recebia os primeiros raios de sol entre o espesso nevoeiro

Pequenas grutas e praias emergiam em cada ilhota que olhávamos

Já não sei o que dizer mais...

A caminhada para a grande e pouco explorada gruta

A luz natural proporcionou esta boa fotografia ...

E o flash esta...

Encontrámos um habitante da gruta

Visto de dentro, este foi literalmente o buraco por onde acedemos à gruta

A entrada da gruta era no cimo de uma das ilhotas e tinha vista para a praia onde fomos de seguida

Ainda deu para dar um mergulho e nadar um bocadinho no meio da baía.



Dia 42:
Acordámos cedo à semelhança do dia anterior para um pequeno-almoço vespertino. Após os mesmo era hora do kayak que todos veemente recusaram face ao frio e à ausência de sol que se fazia sentir! O nevoeiro era tão intenso que o podíamos respirar. As fotografias talvez pequem na definição, mas compensam na magia. Pelo menos ao vivo. Seguimos então viagem em direcção a Halong City para voltarmos para Hanoi. Em Hanoi comemos e comprámos mantimentos para a viagem de autocarro de 11 (que acabaram por ficar) 14 horas até Hué.


As ilhotas não tiravam o olho de nós

...

O nosso capitão era tão bom que até dirigia com os pés!

O deck do nosso barquinho, comigo camuflado a escrever o blog

A fish farm que visitámos no regresso

A nossa casa durante 3 dias foi esta!





Recomendo este cruzeiro a qualquer um! É incrível e em termos de qualidade/preço é um must do! Recomendaria ainda a quem o for fazer que opte por pagar um pouco mais, ir num barco mais pequeno e especialmente para fora do circuito turístico. Pagámos cerca de 100€ cada um por 3 dias, duas noites com pickup em Hanoi e refeições incluídas a bordo. As bebidas são poucas e pagas à parte. Tragam água e alguma fruta/snacks para consumir entre as refeições. Posso recomendar o operador Ethnic Travel. Tem boas referências no trip advisor, e lonely planet. Se alguém quiser saber um pouco mais, disponham!

2 comentários:

  1. Tenho lido cada post que vais publicando, obrigado por esta partilha! Este foi o meu post preferido, tens fotografias maravilhosas. Aproveita e um resto de boa viagem!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. De nada Raquel, obrigado pela força! Acredita que algumas fotos nem representam bem a realidade... Sem duvida dos sítios mais bonitos que já visitei!

      Eliminar